Articuladores das campanhas de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Gustavo Fruet(PSDB-PR) à presidência da Câmara já discutem a possibilidade de uma troca de apoios, num eventual segundo turno, contra o petista Arlindo Chinaglia (SP).
Lideranças do PSB procuraram Fruet nesta quinta-feira (17) com o propósito de construir uma aliança estratégica para o dia da eleição, segundo fontes das campanhas.
"Nós estamos na campanha por Aldo Rebelo (candidato à reeleição), mas sugerimos abrir conversações sobre o segundo turno. Matematicamente, o segundo turno já está sacramentado. Nós não avançamos no conteúdo, mas temos de iniciar o diálogo", contou à Reuters o deputado eleito Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), um dos escalados para a tarefa de definir as pontes com o candidato tucano.
A entrada de Fruet na briga pela presidência da Casa, com o apoio do PSDB, mudou o cenário da disputa. Pelas contas dos parlamentares nem Chinaglia nem Aldo terão votos suficientes para vencer no primeiro turno. São necessários 257 votos (maioria absoluta) para a eleição do presidente.
Fase inicial
As conversas sobre uma aliança contra o PT ainda estão na fase inicial. O objetivo é garantir que o candidato eliminado no primeiro turno apoiará o adversário de Chinagla no segundo.
Outros políticos do PSB também telefonaram para Fruet. Segundo relatos, eles pediram que o deputado não se coloque na disputa como um nome da oposição, pois essa ``polarização'' dificultaria um acordo futuro.
Gustavo Fruet lançou seu nome há apenas dois dias e embaralhou a eleição, até então disputada somente por dois candidatos da base do governo.
Aldo Rebeloformou o bloco PCdoB-PSB e conseguiu a adesão do PFL. Chinaglia fechou um acordo entre PT e PMDB e conquistou outros partidos da coalizão, como PP, PTB e PR (fusão do PL com o Prona).
O lançamento de um candidato tucano gerou expectativas de que a oposição se unisse totalmente em torno de Fruet, mas líderes do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), garantem a manutenção do apoio ao comunista.
``Sem o apoio do PFL, a candidatura do Aldo se acaba e isso pode favorecer a eleição do Chinaglia'', disse a jornalistas o senador José Agripino (RN), candidato do PFL à presidência do Senado.
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