Depois de cassar o mandato de Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e decidir na terça-feira (3) o futuro do governador do Maranhão, Jackson Lago, os ministro julgarão o mandato de outros seis governadores. Também enfrentam pedidos de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os governadores Luiz Henrique (SC), Ivo Cassol (RO), Marcelo Déda (SE), José de Anchieta Júnior (RR), Marcelo Miranda (TO) e Waldez Góes (AP).
No caso de Luiz Henrique, a coligação "Salve Santa Catarina" acusa o governo estadual de fazer propaganda ilegal em jornais e emissoras de rádio e televisão, com despesas pagas pelos cofres públicos. Relator do processo, o ministro José Delgado recomendou a cassação.
O pedido de cassação de Cassol deve-se a suposta compra de votos. Segundo a acusação, o governador integraria esquema de contratação de funcionários de empresa de vigilância para trabalhar como cabos eleitorais. A defesa diz que não há prova de que houve captação ilícita de votos.
Acusado de abuso de poder econômico e político, Marcelo Déda (PT) está em situação confortável. O PTB solicitou que o TSE encerre o processo. A ação foi movida pelo Partido dos Aposentados da Nação (PAN), incorporado ao PTB em 2007. O pedido de cassação de Anchieta Jr. foi feito por Romero Jucá (PMDB-RR), por suposto abuso de poder econômico. O TRE, porém, julgou improcedente a representação.
Marcelo Miranda é acusado de contratar empresa para o fornecimento de óculos à população sem licitação. Waldez Góes é acusado pelo PSB de uso indevido de veículos de comunicação, mas o TRE negou andamento à ação.