O presidente em exercício, José Alencar, disse nesta quarta que a proposta de se estender a todos os benefícios previdenciários o reajuste do salário mínimo, em discussão na Câmara, deve levar em conta o equilíbrio orçamentário e que seria uma "irresponsabilidade" conceder aumento sem fazer cálculos. Em rápida entrevista após participar de solenidade no Tribunal de Contas da União (TCU), Alencar afirmou: "Eu acho que tudo o que puder ser feito para dar alguma coisa que é devida a essas pessoas deve ser feito." Mas fez a ressalva: "É claro que o governo tem que estar atento às questões do equilíbrio orçamentário.
Sobre a viabilidade do reajuste tal como propõe projeto do senador Paulo Paim (PT-RS), Alencar disse: "Isso tem que ser examinado à luz dos cálculos. É claro que não podemos fazer nada que possa significar maior desequilíbrio orçamentário." Ele observou que "o déficit da Previdência acaba provocando certa insegurança em todos os aposentados." E completou: "Temos que oferecer à Previdência condições de equilíbrio fiscal capaz de dar tranquilidade a todos os aposentados.
Sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e outros citados no chamado esquema do "mensalão mineiro", Alencar respondeu que espera um julgamento "justo". "Sempre me coloquei a favor de todas as investigações rigorosas. Para mim, a priori, as pessoas são honestas até provem o contrário e isso tem que ser respeitado", afirmou. "Porém, as investigações precisam ser feitas", completou.
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