São Paulo - Internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com quadro de hemorragia digestiva grave, o vice-presidente José Alencar recebeu ontem as visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente eleita, Dilma Rousseff, de seu filho Josué e do ex-ministro José Graziano da Silva.
Para eles, segundo a assessoria da Presidência, Alencar afirmou que espera estar presente na cerimônia de posse de Dilma e torce para que os médicos o liberem para "tomar um golinho". A presidente eleita respondeu que o espera na cerimônia, marcada para o dia 1.º de janeiro.
Alencar aproveitou ainda para elogiar as escolhas de Guido Mantega para o Ministério da Fazenda e de Alexandre Tombini para o Banco Central no novo governo. E encerrou a conversa dizendo que ainda vai dançar um xaxado. O vice, os médicos e as visitas se reuniram por cerca de 15 minutos e falaram ainda sobre os negócios da família de Alencar, de política e da saúde do vice. Todos saíram de lá otimistas.
Segundo o último boletim médico, Alencar apresentou melhora em seu quadro de hemorragia digestiva grave e "redução importante do sangramento". Ele permanece na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital para tratamento médico. Ainda não há previsão de alta.
Na quarta-feira, depois de quase três horas de cirurgia, os médicos desistiram de retirar o tumor que provocava a hemorragia no vice. Segundo os médicos, a aderência das alças intestinais à parede do abdome impedia que eles se aproximassem da área de sangramento. Eles consideraram que seria muito arriscado continuar com o procedimento e decidiram tentar a hemorragia com medicamentos.
Alencar, que tem 79 anos, foi internado novamente na quarta-feira, seis dias após ter recebido alta. Antes da cirurgia, o vice-presidente passou por transfusões de sangue. Há três dias, ele também esteve no hospital para transfusões.
O vice combate um câncer na região do abdome desde 1997 e já passou por 17 cirurgias. No último dia 27, Alencar foi operado para desobstruir o intestino. A cirurgia durou cinco horas e resultou na extração de dois nódulos e de 20 centímetros de seu intestino delgado. No final do procedimento, ele chegou a sofrer uma arritmia cardíaca, que foi revertida.
Nesta quarta, depois da cirurgia malsucedida, o médico Raul Cutait, um dos integrantes da equipe que cuida de Alencar afirmou que o vice-presidente passa "por seu momento mais difícil".
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