Atualizado em 02/09/2005 às 20h21
Os bombeiros de Porto Alegre fizeram um alerta nesta sexta-feira para que as pessoas só saiam de casa por extrema necessidade devido à aproximação do ciclone extratropical, que permanece no mar no Rio Grande do Sul. Ele atinge a região sul do estado com rajadas de vento que atingiram 111 km/h. Como o fenômeno se deslocou para o extremo-sul do país, Santa Catarina já não está sendo tão castigada pelo mau tempo. Na quinta-feira, uma pessoa morreu e outra ficou desaparecida durante a tempestade no estado.
Segundo a Defesa Civil de Porto Alegre, a barra do porto de Rio Grande teve que ser fechada, pois registra ondas de até cinco metros de altura. À tarde, a circulação dos trens do metrô de superfície, que havia sido interrompida por causa das fortes rajadas de vento que atingiam a cidade, foi retomada. Somente a Estação Anchieta, na zona norte da capital, onde uma parede desabou, continuou fechada para embarque de passageiros. Cerca de 170 mil pessoas usam o meio de transporte em Porto Alegre e na região metropolitana.
Na capital gaúcha, cinco pessoas ficaram feridas, vítimas de quedas de muros e placas, e foram atendidas no Pronto Socorro da cidade. Entre as ocorrências também já foram registradas quedas de mais de 20 árvores e de quatro postes de energia elétrica, que bloqueiam o trânsito nas ruas e avenidas da cidade.
Vários pontos da cidade estão sem energia elétrica, principalmente na zona sul da capital. Mais de 30 equipes da Companhia de Energia Elétrica do Estado trabalham para restabelecer o sistema. O Rio Guaíba está com 40 centímetros acima nível normal.
O mau tempo também cancelou 14 decolagens e 13 chegadas no Aeroporto Internacional Salgado Filho, que estava operando por instrumentos em Porto Alegre. A Infraero fechou o aeroporto na noite passada em função da neblina, mas a situação foi normalizada no começo da madrugada desta sexta-feira.
Os vôos cancelados partiriam para São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Argentina e Uruguai. Os passageiros das aeronaves que deixaram de pousar na capital gaúcha foram levados para Curitiba e Florianópolis
Centenas de barcos lotaram o Porto Velho, seguindo o alerta meteorológico feito pelo Centro de Hidrografia da Marinha sobre mau tempo no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que se estende até a manhã de sábado. O Salvamar Sul, órgão do 5º Distrito Naval, emitiu avisos de prontidão para todas as organizações militares subordinadas e mantém equipes de socorro de plantão.
Uma pessoa morreu e outra está desaparecida em Santa Catarina devido ao mau tempo que antecedeu a formação do ciclone. O estado permanece em alerta. Desde terça-feira a chuva não pára e vários rios estão acima do nível.
Nesta quinta-feira, foi encontrado em Laguna (SC) o corpo do pescador Gérson do Nascimento, de 30 anos. Ele estava desaparecido desde terça-feira, quando saiu sozinho numa canoa na lagoa Mirim e foi surpreendido pelo tempo ruim.
Em Lages (SC), o aposentado João Henrique do Amaral, de 62 anos, foi arrastado pela correnteza do Rio Ponte Grande e está desaparecido desde anteontem. Segundo testemunhas, ele teria se desequilibrado ao atravessar uma ponte.
A Defesa Civil retirou 160 pessoas que estavam em áreas de risco em Araranguá, no sul do estado, onde o rio que dá nome à cidade está 2,4 metros acima do nível normal. Elas foram levadas para um ginásio. Há desabrigados também em Rio do Sul e Gravatal, onde cinco bairros estão isolados.
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