Brasília - O novo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Wilson Lima (PR), negou ontem que esteja a serviço do governador José Roberto Arruda (sem partido) para dificultar a tramitação dos processos de impeachment. Lima afirmou que na sua gestão as medidas serão decididas pela Mesa Diretora e não por medidas judiciais. Mas a sua primeira medida foi recorrer na noite de ontem da decisão da Justiça que afastou oito deputados distritais da análise dos pedidos de impeachment contra Arruda.
Wilson Lima sustentou que vai agir com transparência para dar uma resposta à sociedade diante da crise que envolve o Executivo, o Legislativo e que respingou no Ministério Público e no Tribunal de Contas local.
O presidente da Câmara disse que o governador não influenciou na sua eleição, mas reconheceu que Arruda esteve presente nas negociações. "Não houve pedido de Arruda a respeito da presidência. Houve conversas sobre vários assuntos. Nosso trabalho é com os deputados. Construímos um consenso com os deputados."
Aliado do governador, Wilson Lima recebeu 15 votos dos governistas e derrotou o vice-presidente da Casa, Cabo Patrício (PT), lançado pela oposição. O novo presidente substituirá o deputado Leonardo Prudente (sem partido), que foi flagrado colocando dinheiro de suposta propina no terno e nas meias. Ele estava afastado pela Justiça do cargo e renunciou na última segunda-feira, sem apresentar justificativas.
Após retomarem o comando da Câmara, os aliados de Arruda garantiram ontem o controle dos três processos de impeachment na Comissão de Constituição e Justiça, primeira instância a analisar os pedidos de afastamento.
A presidência foi entregue ao deputado Geraldo Naves (DEM), suplente de Paulo Roriz, secretário de Habitação e amigo de Arruda. A relatoria ficou nas mãos do líder do governo, Batista das Cooperativas (PRP). Ele tem dez dias, renováveis por mais dez, para entregar seu parecer sobre a admissibilidade dos processos. O deputado Cristiano Araújo (PTB) está na vice-presidência da comissão.
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