A defesa do jornalista e ex-deputado distrital Geraldo Naves Filho (DEM) deu entrada na manhã desta sexta-feira (19) em pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) requerendo a liberdade do parlamentar. No dia 11, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) expediu mandado de prisão preventiva contra Naves em razão de seu suposto envolvimento em tentativa de suborno a testemunhas do esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM. Os advogados do ex-deputado solicitam ainda a revogação da ordem de prisão do STJ e o arquivamento do inquérito movido contra o jornalista.

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No pedido ajuizado hoje, a defesa de Naves contesta a decisão do STJ, alegando que o jornalista não incorreu no crime de corrupção de testemunhas. De acordo com os advogados, o ex-deputado foi "envolvido em uma armadilha" criada pelo governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), também preso na quinta-feira.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa Naves de receber R$ 50 mil mensais do governo distrital por meio de uma empresa que oferecia "serviços de fachada". A instituição denuncia ainda o jornalista por tentar obstruir as investigações da Polícia Federal (PF). Naves teria entregue um bilhete, cuja autoria seria de Arruda, ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha no inquérito do mensalão do DEM.

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O bilhete ofereceria a Sombra dinheiro para que dissesse à PF que teriam sido manipuladas as gravações em vídeo feitas por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, nas quais vários deputados distritais, secretários de governo e o próprio Arruda aparecem recebendo maços de dinheiro.

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