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investigação

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou nesta terça (21) ao diretor-geral da Polícia Federal que investigue reclamação da OAB que apontou que a advogada da Odebrecht, Dora Cavalcanti, foi impedida de acompanhar depoimento do presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht.

Um dos aliados próximos do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado André Moura (PSC-SE) apresentou requerimentos à CPI da Petrobras para três acareações: entre a presidente Dilma Rousseff e o doleiro Alberto Youssef; entre o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o dono da UTC, Ricardo Pessoa; e entre o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, e Ricardo Pessoa.

Moura deu entrada nos requerimentos nesta terça-feira (21), depois que Cunha declarou na segunda (20) que toparia ir a uma acareação com o lobista Julio Camargo (delator que disse ter recebido a cobrança de US$ 5 milhões do peemedebista), desde que Dilma, Edinho e Mercadante também se submetessem a acareações com delatores.

Os requerimentos de Moura são idênticos às sugestões do presidente da Câmara. Na segunda, a deputada Eliziane Gama (PPS-MA) havia apresentado requerimento à CPI de acareação entre Cunha e Camargo.

A ação de Moura, porém, é mais política do que de efeito prático. Isso porque, segundo a jurisprudência das CPIs, só pode haver acareação se os acareados foram ouvidos anteriormente em depoimentos.

Nem Dilma nem seus ministros prestaram nenhum depoimento até agora na Operação Lava Jato. Só poderiam, portanto, fazer acareação caso primeiro prestassem depoimentos à CPI.

No caso do requerimento do PPS, Camargo ainda não prestou depoimento à Comissão, apesar de sua convocação ter sido aprovada, o que também pode inviabilizar a acareação.

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