![Aliado de Dilma, Picciani declara que bancada do PMDB é a favor do impeachment | Divulgação/Alex Ferreira / Câmara dos Deputados/](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/04/527c8900bd86f7d47817d0c2d8057401-gpLarge.jpg)
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), adotou um discurso de neutralidade durante a sua fala na sessão no plenário da Casa que discute o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Aliado do Palácio do Planalto, Picciani anunciou oficialmente a posição da bancada favorável ao afastamento da presidente, mas agradeceu aos colegas pela conduta no processo e por terem apoiado sua decisão de se manter contrário ao impedimento.
Deputados do PMDB, a maioria da ala pró-impeachment, acompanhavam o discurso. Esses peemedebistas aplaudiram Picciani quando o líder orientou voto da bancada a favor do impeachment.
Câmara faz sessão para votar impeachment e protestos se espalham pelo país; acompanhe
Reforçando a importância do momento histórico, o peemedebista disse diversas vezes estar emocionado. Em tom ameno, Picciani fez críticas ao governo. “Quero fazer um apelo aos meus companheiros de bancada. Seja qual for o resultado, que todos tenhamos a grandeza com o país. Grandeza que faltou depois da eleição de 2014. Faltou a compreensão de que havia uma divisão no país e que era preciso estabelecer as pontes”, declarou.
Picciani não poupou a oposição, afirmando que também faltou grandeza “aos que perderam a eleição e não aceitaram a vontade das urnas”. “As ambições pessoais e o inconformismo injustificado foram colocados à frente do interesse nacional. O PMDB tem compromisso com a história do Brasil. Falo hoje tomado pela emoção de uma geração que não viveu o arbítrio da ditadura, nem como agente político, o impeachment de Fernando Collor.”
Picciani não falou diretamente sobre o crime de responsabilidade do qual a presidente Dilma é acusada. Mais de uma vez, ele disse que o Brasil precisa estar atento “ao dia seguinte”. “Seja qual for o resultado, o País precisa encontrar o caminho da reconciliação.”
O líder do PMDB foi o primeiro a usar o tempo das lideranças partidárias, que terão uma hora cada para se manifestar. A ordem é da maior para menor bancada.
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