Aliado do senador Magno Malta (PR-ES), o diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, está mais forte. A partir desta sexta-feira, ele passa a acumular sua função com a de diretor interino de Administração e Finanças do órgão, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União. Em meio a denúncias de corrupção, o Dnit está com várias diretorias acéfalas por conta do afastamento dos titulares.
Souza Neto passa a acumular a função porque o nome indicado para a Diretoria de Administração e Finanças, Augusto César Carvalho Barbosa, foi desconvidado pela presidente Dilma Rousseff antes de ser sabatinado pelo Senado. Ele havia sido indicado para o cargo pelo ex-chefe de gabinete do Ministério dos Transportes, Mauro Barbosa, que foi afastado após a revelação, em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, de que estava construindo uma mansão de R$ 1.300 metros quadrados no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.
Integrante da cota do PR no Ministério dos Transportes, Souza Neto é um dos cotados para deixar o governo. No entanto, até que a designação dos novos dirigentes seja concluída, ele acumulará as duas funções para evitar paralisia nas atividades da pasta.
A portaria que o nomeia é assinada pelo diretor de Planejamento e Pesquisa, Jony Marcos Lopes, que também acumula o cargo com o de diretor-geral interino. O titular deste cargo, Luiz Antônio Pagot, está de férias, e o segundo na linha sucessória, José Henrique Sadok de Sá, foi afastado por suspeita de envolvimento nas irregularidades da pasta.
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