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“O senhor, governador, está tentando várias formas de manter o cachorrão do seu irmão no governo. Mas vamos tirá-lo. Vou ser mais forte.”Mário Roque, ex-prefeito de Paranaguá e candidato do PMDB. | Antônio Costa/Gazeta do Povo
“O senhor, governador, está tentando várias formas de manter o cachorrão do seu irmão no governo. Mas vamos tirá-lo. Vou ser mais forte.”Mário Roque, ex-prefeito de Paranaguá e candidato do PMDB.| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

O candidato a prefeito em Paranaguá pelo PMDB, Mário Roque, resolveu atacar severamente a principal força política de seu próprio partido e do estado: o governador Roberto Requião. Em um vídeo, que foi parar no site YouTube, ele chama o chefe do Executivo paranaense e seus familiares, principalmente o irmão e atual secretário estadual dos Transportes, Eduardo Requião, de "porco, safado, canalha, maluco, cachorrão, sem-vergonha, sem moral e fajuto", entre outros xingamentos.

Mário Roque, que até o início deste ano era assessor especial do governo do estado para o Litoral e um dos mais fiéis aliados de Requião, disse que o apoio do governador à sua candidatura sempre foi "mentiroso" e que as atitudes de Eduardo estavam atrapalhando a sua campanha. A gravação do peemedebista foi feita no último sábado, logo após a intervenção decretada pelo governo em Paranaguá, para tirar o prefeito José Baka Filho (PDT), candidato à reeleição.

Baka disse que a intervenção foi por motivações políticas. Ele quitou uma dívida de R$ 35 mil, relativa a precatórios do município, e o pedido deve ser suspenso pela Justiça – o governo já encaminhou o documentos ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). O fato de o prefeito não ter sido ridicularizado perante à população teria irritado Mário Roque. "Veio um procurador do Estado a Paranaguá (Marco Berberi, que foi nomeado interventor) e foi à Vila Guarani, onde o Baka fazia caminhada, e, em uma quitanda, assinou o papel da intervenção. Esse é o timinho que o senhor (governador) tem à sua volta. Uma cambada de safados", afirmou o candidato do PMDB, no vídeo.

Alvo

Embora ataque o governador, o principal alvo da ira de Mário Roque é mesmo o irmão Eduardo Requião, que até o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir o nepotismo na administração pública, com a edição da Súmula Vinculante 13, era o superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina. "Eu tinha dado um ultimato ao Requião. Queríamos a cabeça do Eduardo. Ele só atrapalha. Não cumpriu o combinado e perturbava o pessoal do porto de Paranaguá. Estava me prejudicando. O senhor (governador) ruge como um leão, depois caminha pela selva e não manda em ninguém."

De acordo com Roque, ele não pediu a Eduardo que o ajudasse. "Mas o senhor (governador) insistiu tanto, me pedindo para eu filiar-me ao PMDB e disse que esse safado do seu irmão me ajudaria. Queria até me levar para a diretoria sindical do porto. E hoje, este sanananga (capenga, sem firmeza) está quase me engolindo. Tudo por causa da onda anti-Requião e pelo que o seu irmão fez de errado", disse Mário Roque, na gravação, referindo-se a Baka, como o sanananga. Segundo o candidato do PMDB em Paranaguá, Eduardo só "sacaneou" o pessoal da limpeza do porto de Paranaguá, os taxistas que ficavam em frente ao local e vários outros portuários.

Mário Roque promoteu ainda mobilizar a população parnaguara para pedir a demissão de Eduardo do governo. "O senhor, governador, está tentando várias formas de manter o cachorrão do seu irmão no governo. Mas vamos tirá-lo. Vou ser mais forte. O senhor usa o poderio para mantê-lo, assim como ao Maurício Requião e à dona Maristela. Isso é uma vergonha. Eu tenho vergonha de estar perto do senhor."

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