Além da briga política, aliados do governo devem tentar, também, acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar votação no domingo e eventuais manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O Executivo teme que Cunha use de subterfúgios para influenciar no resultado final da votação. Além disso, há um temor que a votação num final de semana favoreça a mobilização de manifestantes contra o governo – o que pode influenciar no voto dos deputados.
Cunha tem indicado que pretende fazer a votação por estado, e não por ordem alfabética – como foi em 1992. Na quinta-feira (7), ele declarou que “com certeza absoluta” não vai seguir esse critério. Cunha tem indicado que vai começar a votação pelo Sul do país, e deixar o Nordeste por último. Assim, estados com mais deputados pró-impeachment ficariam por primeiro – o que pode influenciar o voto de deputados indecisos que votarão na sequência. É o caso da bancada paranaense, que seria a sexta dentre as 27 a votar. Segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo, 20 dos 30 deputados do Paraná anteciparam voto favorável ao impeachment.
Na semana do “juízo final”, governo e oposição lançam últimas cartadas
Leia a matéria completaA votação no domingo (17) também é vista como uma vantagem para os defensores do impeachment. Uma votação nesta data pode favorecer a ida de manifestantes para o Congresso. Além disso, a audiência televisiva deve ser maior. Assim, entende-se que a pressão sobre os indecisos seria maior – uma vez que a maioria da população, hoje, está favorável à saída da presidente Dilma Rousseff (PT).
A medida judicial deve ser protocolada nesta semana, após a votação do impeachment pela comissão especial, de acordo com informação do jornal Folha de S. Paulo. A ação deve partir de deputados do PT e do PCdoB.
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