• Carregando...
Eduardo Cunha tem conseguido adiar votação de processo que pede a cassação dele no Conselho de Ética. | Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Fotos Públicas
Eduardo Cunha tem conseguido adiar votação de processo que pede a cassação dele no Conselho de Ética.| Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiram adiar mais uma vez a continuidade do processo de cassação do peemedebista no Conselho de Ética da Casa.

Com longos discursos, colocação de questões de ordem e até tentativa de inversão de pauta, os defensores de Cunha conseguiram prolongar a reunião do Conselho desta terça (1º) até o início da ordem do dia no plenário.

Cunha conta com ministro do STF para interromper análise de seu julgamento

Leia a matéria completa

A intenção do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), era votar na sessão desta tarde o relatório de Marcos Rogério (PDT-RO) pela admissibilidade do caso. Embora tenha convocado sessão para depois das votações no plenário, os próprios membros do Conselho não acreditam que haja quorum para retomar os trabalhos ainda nesta terça.

Um relatório já havia sido votado em dezembro, mas em uma manobra regimental que contou, mais uma vez, com o apoio de aliados, Cunha conseguiu anular a sessão em que o documento foi aprovado. O novo relatório é mais amplo, contendo adendos propostos pelo PSOL no fim de janeiro.

Já contando com os artifícios comumente utilizados pelos aliados do peemedebista, outras duas sessões foram convocadas para quarta (2). Caso o relatório de Rogério seja aprovado, o Conselho de Ética seguirá com as investigações a respeito das denúncias contra Eduardo Cunha.

A aprovação do parecer preliminar é o grande temor de Cunha. Isso porque, dessa forma, qualquer que seja o resultado final dos trabalhos do Conselho, haverá análise do plenário da Câmara, sobre o qual o peemedebista tem menos controle.

Aliados de Cunha chegaram a tentar inverter a pauta, mas foram derrotados por 12 votos a quatro. Com sua prerrogativa de presidente da Casa, o próprio Cunha marcou uma sessão extraordinária para 13h55, cinco minutos antes do início da sessão do Conselho de Ética. Pressionado por líderes partidários, cancelou a convocação especial e manteve a reunião com as lideranças, que ocorre às terças às 14h30, antes da ordem do dia no plenário.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]