Enquanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMBD-RJ), diz publicamente que “não vai contestar” e nem avaliar o sorteio, na tarde desta terça-feira (3), dos possíveis relatores de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Casa, aliados próximos viram com bons olhos os três nomes escolhidos.
Ao instalar o processo, na tarde desta terça-feira (3), foram eleitos os deputados Zé Geraldo (PT-PA), Vinicius Gurgel (PR-AP) e Fausto Pinato (PRB-SP), todos de partidos da base governista.
O PRB, de Pinato, foi um dos partidos que apoiaram a campanha de Cunha à Presidência da Casa. Já o PR, de Gurgel, estava com o principal adversário do peemedebista, o candidato do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Contudo, Vinicius Gurgel fez pessoalmente campanha para o presidente da Câmara.
Já o PT tem evitado críticas diretas ao peemedebista segundo orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente da sigla, Rui Falcão, cuja intenção é proteger Cunha para evitar o andamento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que, num primeiro momento, depende de uma decisão monocrática do deputado.
Segundo Cunha, é necessário aguardar a escolha do relator, o que ocorrerá nesta quarta-feira (4) -o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), vai destacar um dos três eleitos nesta terça para seguir com o caso. “Ainda não tomei nenhuma decisão. Vou esperar definir o relator e depois vou avaliar e apresentar a minha defesa. Não tenho que contestar. Vou me defender”, afirmou o presidente.
Questionado se tinha preferência por algum dos três escolhidos nesta tarde, Cunha disse apenas que não. “Vou apresentar uma defesa com base no fato que está sendo alegado na representação”, reiterou, destacando ainda que se reunirá com sua defesa entre esta terça e quarta.
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