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Aliados do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), viajaram no avião do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, na véspera da ação da Polícia Federal em que foram apreendidos R$ 113 mil suspeitos no bimotor, em outubro do ano passado. A informação é do jornal “Folha de S.Paulo”.

Conforme revelou reportagem de O GLOBO ontem, a empresa Oli Comunicação e Imagens, que está em nome de Carolina de Oliveira Pereira, mulher de Pimentel, seria apenas uma empresa de fachada usada pelo grupo de Benedito para movimentação financeira indevida.

De acordo com a Folha, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG) e seu pai, o ex-deputado federal petista Virgílio Guimarães, que foram cabos eleitorais de Pimentel na campanha de 2014, voaram na aeronave de Bené, King Air, de prefixo PR-PEG, no dia 6 de outubro de 2014, um dia após a vitória de Pimentel em primeiro turno e a eleição de Gabriel para a Câmara dos Deputados.

A Operação Acrônimo apura o que a PF diz ser um esquema de montagem de empresas para lavar dinheiro. A maior parte das empresas é considerada, pela PF, como de fachada. Elas teriam movimentado mais de R$ 500 milhões desde 2005, só em contratos com o governo federal. A Gráfica Brasil — principal empresa da família de Benedito — faturou R$ 465 milhões nesse período. Isso chamou a atenção dos investigadores. Outra empresa do grupo, chamada Due, faturou R$ 65 milhões em eventos. Parte do dinheiro pode ter sido doação para campanhas.

A casa da primeira-dama de Minas Gerais foi um dos alvos da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que tem como alvo empresários que doaram para partidos políticos na campanha de 2014, na sexta-feira. No total, 30 endereços de pessoas físicas e 60 empresas de Minas, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal foram incluídas na operação.

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