São Paulo (Folhapress) Aliados do presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) teriam tendado subornar o empresário Sebastião Buani, pivô do escândalo que atinge o titular da Casa, segundo reportagem publicada na edição desta semana da revista "Istoé".
O texto publicado no site da revista relata que Buani teria sido procurado por um mensageiro da liderança do PP com um proposta de suborno de R$ 1 milhão, que teria sido recusada pelo empresário. Ainda de acordo com a reportagem da revista, os parentes e assessores de Buani também teriam sido procurados, com propostas de uma nova licitação para renovar a concessão do restaurante da Câmara, o estopim da crise.
Em entrevista coletiva esta semana, Buani havia dito que, em troca da exploração de restaurantes, teria entregado ao deputado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil até 2003. Segundo o empresário, para continuar com a concessão do restaurante Fiorella, na Câmara, teria pago R$ 40 mil a Severino.
O empresário ainda contou que Severino seria o único parlamentar a receber o pagamento entregue pelo próprio empresário ou por seus funcionários. Ele explicou ainda que os pagamentos eram feitos em dois ou três dias, de acordo com a arrecadação dos restaurantes. Apenas um deles ao todo foram sete ou oito foi feito com um cheque do Bradesco.
O presidente da Câmara negou por diversas vezes as denúncias e afirmou que vai conceder entrevista hoje à tarde para responder às acusações. Severino estava em Nova Iorque, onde participou de encontro de presidentes de parlamentos na ONU, e chegou ontem ao Brasil. Com dois carros escoltando o seu, Severino entrou no jardim da residência e só desceu do carro depois que os portões foram fechados, para evitar a proximidade com os jornalistas.
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