O lançamento oficial da candidatura do tucano José Serra à Presidência impõe o desafio de acabar com o improviso na campanha do PSDB. É o que dizem, nos bastidores, lideranças regionais do partido, inconformadas com a centralização e com a falta de entrosamento da estrutura nacional da campanha com os líderes da legenda Brasil afora.
Há um reconhecimento geral de que Serra está de fato mais simpático e de que ele até melhorou um pouco em relação à falta de horário, embora ainda esteja longe de ser pontual nos compromissos. Mas prevalece a avaliação de que a campanha segue "muito voluntarista". Há queixas de que o candidato não acredita em agenda de partido e sempre cria, à última hora, o próprio roteiro.
Em defesa do comando da campanha e do estilo Serra de se movimentar na caça aos votos, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) diz que não houve uma reclamação sequer das viagens que o candidato fez - o que, a seu ver, comprova os acertos. Com a autoridade de quem ajuda Serra a montar os roteiros, o deputado afirma que o "conceito" adotado é o das visitas rápidas, voltadas para a mídia local e para o contato com populares.
Tudo, é claro, sem descuidar da "simbologia" do palanque. Não se admite uma viagem a Pernambuco, por exemplo, sem a presença do senador e candidato ao governo Jarbas Vasconcelos (PMDB), ou dos senadores Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB), comandante nacional dos tucanos.
"Mas se ele precisar visitar a Bahia e eu não puder estar lá, paciência. A viagem não será melhor ou pior por isso", destaca Jutahy. "O importante é que, pela primeira vez, Serra uniu PSDB e DEM na Bahia, da mesma forma que construiu a maior unidade que um candidato a presidente já teve em São Paulo", completa o deputado, convencido de que "fazer agenda é administrar pressão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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