• Carregando...

O coordenador-geral da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, Sérgio Guerra, disse ontem que a aliança entre o PSDB e o PMDB no Paraná é um problema regional. Ele participou ontem, em Curitiba, da inauguração do comitê Beto Richa–Gustavo Fruet em apoio a Alckmin.

Sérgio Guerra, que é senador por Pernambuco, disse que a coordenação da campanha de Alckmin espera o apoio de setores do PMDB e do PDT ao presidenciável tucano e que não está preocupada com a homologação, ou não, da aliança do seu partido com o PMDB no Paraná. "Não vamos administrar isso. É uma questão interna local", disse Guerra. Foi a executiva nacional do partido, porém, que enviou uma carta ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná pedindo que a coligação não seja homologada porque não atende aos interesses da campanha de Alckmin. "O partido não gosta de divisão, mas a única coisa que não admitimos é que se vote em candidato do PT", disse Guerra.

De acordo com o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, agora caberá ao diretório local resolver a questão. "Se for homologada a aliança, nós entraremos com recurso", disse.

Antes de deixar Curitiba, Guerra foi à sede do PPS conversar com Rubens Bueno (PPS), candidato ao governo do estado, e com Cassio Taniguchi (PFL) e Abelardo Lupion, presidente estadual do PFL. Os dois partidos apóiam Alckmin nacionalmente.

Geraldo Alckmin deve vir ao Paraná nas próximas duas semanas. De acordo com Guerra, não há certeza ainda de qual candidato ao governo o acompanhará. Ele acredita que no Paraná haverá uma das melhores diferenças, a favor do candidato a presidente da República tucano, na votação do primeiro turno. "No Nordeste nosso candidato não é conhecido. Esse conhecimento evolui lentamente nas regiões menos desenvolvidas economicamente. Mas no Sul estamos bem e crescendo", afirmou. "O Beto Richa está entrando na campanha para fazer nossa vitória maior aqui no Paraná", disse Guerra.

O prefeito de Curitiba, que voltou da Colômbia no domingo, disse que a partir desta semana vai se dedicar à campanha de Alckmin no Paraná e que avaliará a necessidade de se licenciar da prefeitura na reta final para se dedicar somente às eleições. Hoje ele se reúne com partidários para organizar as atividades para o presidenciável tucano.

Beto Richa admite estar sofrendo pressão, o que ele considera natural, para se posicionar sobre as eleições no estado. "São pressões de ambos os lados. Já disse que estou aguardando a decisão do TRE para reunir pessoas próximas e tomar uma decisão. Por enquanto estou engajado na campanha de Alckmin."

O coordenador da campanha de Osmar Dias (PDT) ao governo, Euclides Scalco, fundador do PSDB, também estará envolvido na campanha de Alckmin no Paraná. "Vou ajudar o Beto", disse Scalco, que também participou da inauguração do comitê.

O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) foi o único entre os tucanos ontem a citar as eleições do estado nos discursos. Disse que o projeto dos tucanos ao governo foi adiado, mas que não foi esquecido. "Não aceitamos mais essa cultura do autoritarismo. O PSDB fará o governador em 2010", disse Fruet, que foi cogitado para ser o candidato ao governo se o partido lançasse candidatura própria.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]