Em nome do pragmatismo, com a intenção de ganhar as eleições para o governo do estado já no primeiro turno, o PMDB aceitaria se juntar a desafetos. Na reunião entre representantes do PMDB paranaense com o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, e com o pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB), na última quarta-feira, cogitou-se o nome de Alvaro Dias (PSDB) para o Senado em uma possível aliança entre os dois partidos no Paraná.
O governador Roberto Requião (PMDB) e Alvaro Dias foram adversários nas eleições de 2002 e, desde então, não se falam. O deputado estadual e ex-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana (PMDB), resume a visão pragmática da aliança: "Interesses maiores passam por cima de desentendimentos pessoais". Quanto a um possível constrangimento pelo fato de Requião ter sempre apoiado o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde a eleição de 1989, e agora estar ao lado dos tucanos, o ex-chefe da Casa Civil citou uma frase de Ulisses Guimarães. "Política é como nuvens: passam e têm novo formato", afirmou Quintana.
De acordo com o atual secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, ainda não houve nenhuma proposta concreta oferecendo a vaga do Senado para Alvaro. "O que foi falado é que existe uma tendência da bancada do partido em ajudar o senador Alvaro Dias", disse Iatauro, que foi o intermediador do PMDB na negociação em Brasília, junto ao presidente estadual do partido, Dobrandino da Silva.
Na reunião, Alvaro teria dito que a decisão do PSDB ainda depende da resposta do também senador Osmar Dias (PDT) sobre sua disposição a disputar o governo do estado. O PSDB local também espera a resposta para saber se poderá cumprir um acordo feito há dois anos de lançar Osmar Dias como o candidato da oposição.
Mas Iatauro acredita que os tucanos, a princípio oposicionistas, podem vir para a situação. "Foi uma conversa muito boa. Não foi conclusiva, já que foi no dia seguinte da primeira deliberação do TSE, mas foi positiva", disse .
Prazo
Na reunião de quarta-feira, ficou acertado que Tasso Jereissati ligaria para o governador Roberto Requião, o que não tinha ocorrido até a noite de ontem. Iatauro afirma que os partidos não podem esperar até o próximo dia 19 data prevista para a resposta de Osmar para iniciar negociações. "As convenções devem começar no dia 24 de junho e não podemos só a partir do dia 20 começar a conversar. Se Osmar for candidato e houver aliança do PSDB com o PDT, nossas conversas ficam anuladas, mas não podemos esperar até lá", disse.
Já a vaga de vice de Requião foi, declaradamente, oferecida a um tucano. "O governador Requião quer Hermas (Brandão, presidente da Assembléia Legislativa) na chapa majoritária, preferencialmente na vice", disse Renato Adur, coordenador da campanha de Requião para a reeleição ao governo.
Na possibilidade dessa aliança se concretizar, os dois maiores partidos do estado estariam do mesmo lado, disputando o governo com Rubens Bueno (PPS), Flávio Arns (PT) e, quem sabe, Osmar Dias (PDT).
Quem são os jovens expoentes da direita que devem se fortalecer nos próximos anos
Frases da Semana: “Kamala ganhando as eleições é mais seguro para fortalecer a democracia”
Iraque pode permitir que homens se casem com meninas de nove anos
TV estatal russa exibe fotos de Melania Trump nua em horário nobre