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O apoio do prefeito Gilberto Kassab (PSD) ao ex-governador José Serra (PSDB) para sucedê-lo na Prefeitura de São Paulo não vai alterar a relação entre PT e PSD nas esferas nacional e estadual. Para os petistas, Kassab sempre deixou claro que uma aliança com o PT só não vingaria se Serra entrasse na disputa, portanto as discussões sobre alianças no resto do Estado continuam. "Temos conversado com o PSD sobre alianças no Estado todo e são conversas exitosas. O PSD hoje é um aliado em cidades importantes do Estado", disse o presidente do diretório do PT paulista, deputado estadual Edinho Silva.

Edinho afirma que, apesar do apoio aos tucanos na capital, não há motivos para interromper a aproximação entre PT e PSD. "A aliança conosco é nacional, é estadual, ela só não é no município. Penso que temos todas as condições para continuarmos dialogando com o PSD. Não vejo problemas no apoio ao Serra", reforçou o dirigente petista. "Vou trabalhar muito para que esse espaço de diálogo seja mantido. Essa é a minha vontade política" acrescentou.

Mesmo com a fidelidade de Kassab a Serra, alguns petistas já apostam que a eleição de 2012 será a última em que os dois estarão juntos no mesmo palanque. Na visão da cúpula do PT, a aproximação de Kassab com o governo Dilma Rousseff é real, uma vez que os deputados federais já votam com o governo na Câmara. "O que prende o PSD à oposição (do governo Dilma) é o Serra. Não acho que o acordo com ele (Serra) vai até 2014. Acho que vai até a eleição municipal", avaliou o deputado federal Paulo Teixeira (SP).

Na visão dos petistas, como a aliança de Kassab é exclusiva com Serra, o prefeito não deve apoiar o governador Geraldo Alckmin em sua campanha de reeleição em 2014, muito menos apoiaria o senador Aécio Neves (MG) como candidato do PSDB à Presidência da República. "Nada impede que se configure uma aliança conosco em 2014", comentou Teixeira.

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