Mesmo com um alívio no caixa financeiro devido ao acordo de suspensão do pagamento da dívida dos estados com a União até o início de 2017, o governo do Paraná diz que não será possível pagar as promoções e progressões dos professores da rede estadual atrasadas desde 2015. Segundo o secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, é inviável quitar essa dívida no atual cenário. “Nosso compromisso é pagar em 2017”, afirma.
O atraso destes pagamentos ocorre desde abril de 2015 e a dívida do governo com os funcionários e professores é de quase R$ 200 milhões, segundo a APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.
O secretário alega foi concedido no início do ano reajuste de 10,67% nos salários dos servidores públicos, que é referente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015. “Dar reajuste de 10,67% e pagar mais todas promoções e progressões não é compatível. Não há possibilidade de fazer isso sob de pena de não investimos mais recursos em benefícios da população”, diz Costa, apontando ainda que de 2011 até 2016 foi concedido um incremento real de quase 40% aos salários dos servidores que teria comprometido receitas do estado. “Não é possível quitar essa dívida”, ressalta.
Valor
Com o acordo firmado de suspensão do pagamento das dívidas, o governo do Paraná terá um alívio total, segundo o secretário, de R$ 600 milhões. “Vamos concentrar esses recursos e estabelecer prioridades em educação saúde e estradas”, afirma. Entre os meses de julho e dezembro o alívio será de R$ 80 milhões mensais – totalizando cerca de R$ 480 milhões neste segundo semestre.
Em uma reunião com todos os secretários estaduais e presidentes de empresas públicas do governo estadual, realizado na manhã desta quarta-feira (22), foram debatidos, entre outros temas, a utilização desses recursos. “Essa negociação ajuda e muito o Paraná. Nossa prioridade também será em segurança e infraestrutura”, afirma o Chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.
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