A Alstom reconheceu ter pago em 1999 comissão de 4,85 milhões de francos (R$ 1,6 milhões, ou R$ 6 milhões e valores de hoje) para vender equipamentos para a hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina, segundo documento divulgado nesta segunda-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo".

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A confissão consta de auditoria interna da própria Alstom, feita na França pelo diretor de auditoria da empresa, Romain Marie, e enviado ao presidente da companhia, Patrick Kron.

De acordo com o documento, a comissão foi paga por meio da Janus, uma empresa offshore das Bahamas que também foi usada para pagar propina em contrato de subestações de energia em São Paulo.

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O pagamento da comissão em Itá, segundo o memorando, foi feito pela Janus, offshore das Bahamas utilizada para pagar propina em contrato de subestações de energia em São Paulo.

A hidrelétrica de Itá foi privatizada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1995.

O consórcio vencedor era formado pelas empresas CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), OPP Petroquímica e OPP Polietilenos (empresas do grupo Odebrechet) e a Companhia de Cimento Itambé.

A estatal Eletrosul era parceira no projeto, com investimento de quase 40%. Os recursos privados foram emprestados pelo BNDES.

Segundo o jornal, como havia empresas públicas e privadas envolvidas no projeto, não foi possível saber quem recebeu a comissão da Alstom por meio da offshore.

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