As autoridades Suíças encaminharam ao Brasil documentos que comprovam a existência da conta mantida pelo vice-presidente e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TC-SP), Robson Riedel Marinho, no banco Credit Lyonnais. A informação é do jornal "O Estado de S.Paulo". A conta foi bloqueada em 2008 pelo Ministério Público da Suíça, que investigava pagamentos de suborno pela Alstom e detectou movimentações suspeitas ligadas a contratos firmados por estatais paulistas.
O inquérito que investiga Marinho está desde 28 outubro de 2010 na Procuradoria Geral da República. Por ser conselheiro do TC-SP, ele tem foro privilegiado. Marinho é suspeito de ter dado parecer favorável a um aditivo contratual firmado em 1998 pela Alstom com as empresas EPTE e Eletropaulo, estatais paulistas de energia. A Justiça Federal processa 11 pessoas por corrupção ativa e lavagem de dinheiro por causa deste aditivo, que teria movimentado R$ 23 milhões em propinas.
O MPF detém ainda documentos de uma offshore de Marinho nas Ilhas Virgens Britânicas, a Higgins Finance. A offshore recebeu, de 1998 e 2005, US$ 953,6 milhões de Sabino Indelicato, um dos 11 processados. As contas de Indelicato e de Marinho foram abertas pelo mesmo gerente - uma três dias após a outra. Marinho foi secretário da Casa Civil do governador Mário Covas e prefeito de São José dos Campos. Indelicato foi seu secretário de obras. Os dois são sócios desde 2009 em uma construtora. Entre 1999 e 2001, Indelicato recebeu R$ 2,119 milhões da Alstom por uma consultoria de fachada, a Acqua-Lux. Um documento apreendido por autoridades suíças, que aponta o pagamento de 1% do valor do contrato para "TC.ROM", que corresponderia a "Tribunal de Contas.Robson Marinho".
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu nesta segunda-feira investigação rigorosa do envolvimento de Marinho no caso.
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