| Foto: Antonio Costa / Gazeta do Povo

Com uma canetada, o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, o desembargador Celso Rotoli de Macedo, ampliou em 11 pontos percentuais o reajuste das custas de cartórios no estado. Em dezembro passado, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que aumentava em média 34% os serviços prestados pelas serventias judiciais e extrajudiciais. O texto só passou após muita discussão e quase três anos de trâmite. Por causa da defasagem – os cartorários queriam que ele tivesse entrado em vigor já em 2008, o TJ resolveu "ajustar" a lei aprovada pelos deputados estaduais. Com a justificativa de que a inflação acumulada entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010 foi de 17%, Rotoli concede o aumento de 45% para as custas judiciais. O novo porcentual consta do Decreto Judiciário nº 48/2011, de 13 de janeiro. Em nota oficial publicada ontem à noite, a OAB Paraná afirma que "caso mantido o referido decreto judiciário, adotará todas as medidas judiciais para preservar a legalidade e os interesses da advocacia e dos cidadãos paranaenses".

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A Pergunta

Na queda de braço entre municípios e centrais sindicais, quem vai sair vitorioso na definição do salário mínimo?

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Os sindicalistas têm sido irredutíveis com o valor do novo mínimo, que para eles deve ser de R$ 580. A promessa de greves e protestos contra o governo federal pode perder peso agora que a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) se posicionou contra aumentar o valor de R$ 545.

Decisão para Lerner

O ex-governador Jaime Lerner (foto) espera para os próximos dias o resultado de uma longa ação penal movida contra ele pelo Ministério Público. É relativa à implantação dos pedágios no estado. A Justiça Federal está para dar a sentença no processo em que Lerner é acusado de fazer um aditivo e, sem licitação, entregar a praça de pedágio entre Araucária e Lapa para à concessionária Caminhos do Paraná. O trecho não fazia parte do Anel de Integração em sua versão original e, de acordo com o procurador João Vicente Beraldo Romão, haveria a necessidade de fazer licitação para escolher a nova concessionária. Não foi o que ocorreu. O curioso é que quem defendeu Lerner como testemunha nesse processo foi seu rival, Roberto Requião (PMDB). O advogado de Lerner, Cid Campêlo Filho, diz que espera a absolvição. Mas mesmo uma condenação, se for abaixo de cinco anos de prisão, não teria consequência, pois o ato já teria prescrito.

A mão no comando

Quase todos os senadores presidiram, pelo menos uma vez, as sessões plenárias realizadas em 2010. É o que indica estudo feito pela Secretaria-Geral da Mesa e divulgado ontem pela Presidência do Senado. Quem mais vezes esteve na presidência da sessão no ano passado (120 vezes) foi o senador Mão Santa (PSC-PI), que também é o campeão de discursos – ele fez, em oito anos de mandato, 1.502 pronunciamentos.

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Representantes locais

Dos paranaenses, Flavio Arns (PSDB) se destaca, por presidir três sessões ordinárias. Osmar Dias (PDT) comandou apenas uma sessão deliberativa extraordinária. O tucano Alvaro Dias esteve à frente de dez, mas nove delas eram não deliberativas. Em 2010, houve 217 sessões, tanto deliberativas como não deliberativas, incluindo também as especiais (dedicadas a homenagens) e as extraordinárias. Uma mesma sessão pode ser presidida por mais de um senador.

Pinga-fogo

"Agora as pessoas beneméritas que se sacrificam para cuidar de crianças paupérrimas são agredidas. É o cúmulo do absurdo."

Alvaro Dias, no Twitter, sobre a doação de sua aposentadoria de ex-governador para instituições de caridade.

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