Brasília (Folhapress) As 42 fitas cassetes gravadas a partir de escutas telefônicas ilegais, feitas pela Polícia Federal entre 24 de janeiro de 2002 e fim de março daquele ano, foram usadas pela oposição contra Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na acareação de ontem na CPI dos Bingos.
Parte das informações das fitas, com trechos divulgados durante o depoimento de Carvalho pelo senador tucano Alvaro Dias (PSDB-PR), levaram o assessor de Lula a defender o empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, e acusado pelo Ministério Público Estadual de ser o mandante do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.
As gravações são ilegais porque a Polícia Federal, ao pedir autorização da Justiça Estadual para a escuta, disse que grampearia traficantes de drogas, mas acabou fazendo escutas de petistas, incluindo Carvalho.
Nas semanas subseqüentes ao assassinato de Celso Daniel, as 42 fitas gravadas revelariam suposta articulação promovida pelo PT para evitar turbulências na campanha presidencial do então candidato Lula.
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