Em delação premiada, o ex-deputado federal Pedro Corrêa, que já foi condenado em processo da Operação Lava Jato, denunciou a existência uma suposta articulação contra uma CPI para apurar fraudes na Petrobras aberta no Senado em 2009. A informação é do portal G1. O ex-parlamentar citou ainda o senador Alvaro Dias, que era do PSDB na época e hoje está no PV.
De acordo com o portal, o delator disse que Sérgio Guerra, já falecido, confirmou ter recebido os R$ 10 milhões e contou a ele que dividiu o valor entre os integrantes da CPI “sobretudo com o senador Álvaro Dias” e também com o senador Aloísio Mercadante, do PT, que não estava na CPI. A delação ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre a CPI da Petrobras, Corrêa afirmou que na época a construtora Queiroz Galvão estava encarregada de pagar propina para impedir o avanço das investigações. Segundo Corrêa, o então presidente da empreitera Ildefonso Colares Filho disse a ele que já havia pago R$ 9 milhões ao então senador Francisco Dornelles, na época presidente nacional do PP, e outros R$ 10 milhões ao PSDB, através do então senador Sérgio Guerra.
Processo
O senador Alvaro Dias considera a delação uma calúnia e promete que irá processar Pedro Corrêa. “O senador irá ajuizar ação contra Corrêa”, informa a assessoria de imprensa de Dias, que afirma ainda que o senador fez 18 representações ao Ministério Público para investigas supostas irregularidades na Petrobras.
“Essa calúnia é vingança contra quem foi dos primeiros a denunciar e adotar providências contra a corrupção na Petrobras. É também tentativa de desqualificar e calar alguém que veementemente vem defendendo a Operação Lava Jato, o Ministério Publico, a Policia Federal e a Justiça”, disse o senador, via nota oficial. Segundo ele, os fatos desmentem a “torpe insinuação de alguém que confessa ter roubado o país nos últimos 40 anos”.
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