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Inconformado com a posição da presidente Dilma Rousseff e da base aliada do governo de dispensar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, de prestar esclarecimentos ao Congresso sobre os R$ 2 milhões que recebeu como consultor, o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), recorreu a um novo procedimento: encaminhou 12 indagações a Pimentel, por intermédio de um requerimento, cujo seguimento depende do aval da Mesa Diretora do Senado.

Dias adotou a iniciativa dois depois de os senadores governistas rejeitarem o convite para que Pimentel participasse de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle (CFC). O líder afirma que o requerimento dará ao ministro a segunda chance para se defender.

"Há nitidamente a prática de tráfico de influência", alega. "Estamos dando a oportunidade para um ministro que está sendo duramente acusado de se defender".

Alvaro Dias faz 10 indagações a Fernando Pimentel relacionadas a sua atividade como um dos donos da AP-21 Consultoria e Projetos Ltda. O líder pede cópia dos programas de desoneração tributária e desenvolvimento que a empresa teria proposto à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e de outros recibos e documentos que comprovaria as afirmações de Pimentel sobre sua atividade de consultor.

Dias questiona ainda sobre as palestras que o ministro teria dado em dez unidades regionais da Federação e a respeito dos técnicos da entidade que teriam recebido suas orientações. O senador quer igualmente informações sobre outras empresas citadas como clientes da AP-21.

Outras perguntas se referem ao fato de Pimentel ter dito que fez contratos verbais, apesar do valor elevado, e se ele próprio não vê conflito de interesse na relação que mantém com as empresas, ditas clientes, e sobre as "garantias" de prestação dos serviços dadas por Pimentel.

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