Alvaro diz que irmão ainda não pode decidir se será candidato ao governo

O senador Alvaro Dias (PSDB) afirmou ontem que foi comunicado pelo irmão, Osmar Dias, de que não será possível definir agora sobre a disputa pelo governo do estado. "Ele me disse que, com a cirurgia, não tem condições de assumir compromisso de candidatura com ninguém. Ele não tem condição de prever a recuperação", disse.

Alvaro quis deixar bem claro que a declaração não significa um anúncio de que Osmar não será candidato. "Não sou porta-voz dele para a desistência, isso iria exigir muito de mim. Desejo que ele seja candidato, mas, se não puder, cabe a ele anunciar", afirmou.

Especulações sobre um eventual recuo do senador circularam ontem nos meios políticos, mas foram desmentidas pela assessoria de Osmar Dias e por deputados do PDT. Para Alvaro Dias, os boatos são gerados por pessoas interessadas em desestabilizar a candidatura do irmão. "Eles não querem opções na eleição no Paraná. Se tivesse dito que o Osmar será candidato não teria repercussão", diz.

Apesar da indefinição, o PSDB vai esperar uma posição oficial de Osmar depois que o senador se recuperar da cirurgia vascular que realiza amanhã. A decisão foi anunciada ontem depois de uma reunião entre o presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni, e deputados estaduais.

Segundo o líder do PSDB, Ademar Traiano, Osmar Dias mantém a mesma disposição de disputar o governo. "Ele tem dito que é candidato e não deu nenhuma notícia contrária", afirmou. "A decisão da nossa bancada é manter firme o suporte para a candidatura dele".

A posição da bancada paranaense será levada hoje para o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, durante reunião em Brasília com a presença de Rossoni e o prefeito de Curitiba, Beto Richa. Enquanto permanecem dúvidas no quadro da sucessão estadual, os tucanos também estão conversando com outros partidos sobre alianças. Valdir Rossoni recebeu ontem o presidente estadual do PPS e pré-candidato a governador, Rubens Bueno. Existe a intenção do PPS de fechar uma aliança na proporcional e na majoritária. Os entendimentos para uma coligação nacional entre os dois partidos para a presidência da República também estão ocorrendo em Brasília. (KC)