O senador Alvaro Dias (PSDB) disse que não vai discutir a possibilidade de disputar a eleição para o governo do estado enquanto o irmão, o senador Osmar Dias (PDT), for pré-candidato. "Desde o momento em que o nome do Osmar foi proposto, inclusive pelo próprio PSDB, fixei como projeto a reeleição. Qualquer alteração desse objetivo vai passar uma seleção de condições e a primeira é o Osmar", disse.
Um grupo do PSDB, liderado pelo deputado federal Affonso Camargo, acaba de iniciar um movimento para lançar Alvaro Dias candidato a governador e vai apresentar a proposta oficialmente à executiva estadual do partido.
Cauteloso em comentar o quadro indefinido, Alvaro Dias afirma que se houver um apelo do partido para que dispute o governo vai analisar com calma, mas está mesmo disposto a permanecer no Senado. Em Brasília, ganhou maior projeção nacional pelo trabalho na CPI dos Correios e está animado com as atividades parlamentares.
Alvaro garantiu que apóia a campanha do irmão se essa for a decisão de Osmar Dias. "Cabe a ele decidir a hipótese, mas ele vem declarando que existem algumas dificuldades que precisam ser respeitadas", lembrou.
Uma delas é a disposição da cúpula nacional do PDT em lançar candidato próprio a Presidente da República, o que pode atrapalhar uma aliança com o PSDB no Paraná porque os dois partidos pretendem disputar a sucessão de Lula. Sem o apoio do PSDB, a campanha do PDT para o governo perderia estrutura e tempo de televisão.
Lideranças tucanas avaliam que o impedimento teria sido evitado se Osmar Dias tivesse se filiado no PSDB ou no PFL que já anunciaram que farão uma aliança.
A mudança de legenda do senador facilitaria as costuras, mas na avaliação de Alvaro Dias, a preocupação do irmão foi ficar no PDT. "É uma atitude coerente e inclusive a lei de fidelidade partidária deve fixar que o mandato pertence ao partido e não ao eleito. Já mudei de partido, mas sem mandato", disse.
Uma eventual disputa entre irmãos está totalmente descartada. "Não concorreria com ele em hipótese alguma e da mesma forma ele não aceitaria. Irmãos devem somar e não dividir, seria simplesmente ridículo uma disputa e a população repudiaria", diz.
A dúvida sobre qual dos Dias será candidato a governador deve ter um desfecho fim de março, quando os nomes dos candidatos a Presidência da República serão indicados. "Será o momento para encaminhar uma solução para candidaturas regionais", avalia. Segundo Alvaro, manifestações isoladas de algumas lideranças valem no momento de especulação, mas na hora das decisões o que pesa é o desejo da base do partido.
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