A pesquisa CNI/Ibope que trouxe pela primeira vez Dilma Rousseff (PT) na frente de José Serra (PSDB) na disputa presidencial diminuiu consideravelmente as chances do senador paranaense Alvaro Dias ser escolhido como vice na chapa do tucano para a Presidência. Com isso, reduziram-se as possibilidades de que o irmão de Alvaro, o senador Osmar Dias (PDT), desista de se lançar candidato ao governo do Paraná.

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A possibilidade de Alvaro ser vice de Serra era um dos motivos que estariam levando Osmar a não tomar uma decisão – ele, como aliado de Dilma, poderia ser levado a fazer campanha contra Serra e, consequentemente, contra o irmão.

Pela sondagem do Ibope divulgada na quarta-feira, a petista aparece com 40% das intenções de voto contra 35% do adversário. E Serra só tem vantagem na Região Sul e entre os eleitores com renda acima de 10 salários mínimos por mês (R$ 5.100) – leia mais detalhes sobre a pesquisa Ibope na página seguinte.

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Dentro do PSDB, os dados da pesquisa reforçaram a tese de que o vice de Serra deve ser um nome de qualquer outra região em que o candidato está atrás nas intenções de voto. Além disso, essa pessoa deve ter alcance na população mais pobre. Esses requisitos descartariam Alvaro.

O senador paranaense ontem não quis comentar a própria situação na briga interna para ser o vice de Serra. Ele reforçou que nunca utilizou essa possibilidade como um empecilho para que o irmão, Osmar, se candidatasse a governador. "Tenho a consciência tranquila porque sei que estou agindo corretamente."

No fim da tarde de ontem, a cúpula da campanha de Serra se reuniu em São Paulo para discutir a questão do candidato a vice. O DEM reiterou que não aceitará a indicação de um tucano que não seja o mineiro Aécio Neves, que será candidato ao Senado. No DEM, o nome com mais força é o da ex-vice-governadora do Pará, Valéria Pires Franco. (AG)

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