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Richase encontrou com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que é adversário de Aécio na disputa para ver quem será o candidato tucano à Presidência em 2018. | Eduardo Knapp/Folhapress
Richase encontrou com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que é adversário de Aécio na disputa para ver quem será o candidato tucano à Presidência em 2018.| Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

Acho desnecessário até para não
ser explorado de forma indevida,
que seria uma convocação de
partidos adversários. Poderia
parecer um revanchismo [se] explorado maldosamente.

Beto Richa (PSDB), governador do Paraná.

Alvo de protestos no primeiro semestre deste ano, o governador do Paraná, Beto Rocha (PSDB), criticou nesta terça-feira (28) a decisão do presidente nacional do seu partido, Aécio Neves, de participar da convocação para a manifestação contra o governo federal marcada para 16 de agosto.

A principal legenda de oposição à gestão de Dilma Rousseff (PT) pretende veicular inserções em cadeia nacional para atrair manifestantes para os protestos organizados por grupos que defendem o impeachment da presidente.

Para o governador, o envolvimento do partido na convocação é “desnecessário” e pode ser explorado pelo governo federal como uma iniciativa de caráter revanchista.

Richa esteve em São Paulo para encontro com o governador paulista, Geraldo Alckmin – que disputa a cabeça de chapa de seu partido para 2018 com Aécio –, com e outros governadores.

“Nem sempre há unanimidade [no partido]. Eu acho desnecessário [fazer a convocação]. Nós tivemos grandes manifestações no país inteiro, sempre com chamamentos espontâneos”, disse o governador do Paraná. “Acho desnecessário até para não ser explorado de forma indevida, que seria uma convocação de partidos adversários. Poderia parecer um revanchismo [se] explorado maldosamente.”

O tucano lembrou ainda que os movimentos contrários à presidente costumam não aceitar as presenças nas manifestações populares de partidos, políticos ou “pessoas oportunistas que se infiltram com outros objetivos”.

Em março, o governador já havia dito que não participaria dos protestos contra Dilma por considerar um impeachment uma “medida extrema”.

Na época, o tucano enfrentava protestos no Paraná, principalmente por parte do funcionalismo. Professores da rede estadual, que chegaram a paralisar as suas atividades por mais de três meses em protesto contra medidas tomadas pelo governador, chegaram a pedir até mesmo o afastamento de Richa do cargo. Na votação do projeto que mudava a previdência estadual inclusive época houve uma briga generalizada entre servidores e policiais militares, no que ficou conhecido como a “Batalha do Centro Cívico”.

Apesar dos afagos a Dilma, Richa reclamou nesta terça da “extravagante concentração de recursos em Brasília”, que deixa os governadores “de joelhos, com o pires na mão”.

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