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O deputado Dilceu Sperafico (PP) sobre um dos fiscais presos na operação Carne  Fraca: “Ele sempre foi atencioso e preocupado .” | Wenderson Araujo/Gazeta do Povo
O deputado Dilceu Sperafico (PP) sobre um dos fiscais presos na operação Carne Fraca: “Ele sempre foi atencioso e preocupado .”| Foto: Wenderson Araujo/Gazeta do Povo

Dois alvos de mandados de prisão preventiva no âmbito da Operação Carne Fraca, Daniel Gonçalves Filho e Gil Bueno de Magalhães, foram indicados a cargos de comando no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) por deputados federais do Paraná do PP e do PMDB.

De acordo com a Polícia Federal, à frente da Operação Carne Fraca, deflagrada na manhã desta sexta-feira (17), a dupla integra uma organização criminosa que recebia vantagens indevidas pagas por empresas sujeitas a inspeção pela Superintendência Federal da Agricultura no Paraná (SFA/PR).

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Daniel já foi superintendente regional do Mapa no Paraná entre julho de 2007 e fevereiro de 2014. Também atuou durante um período menor, entre junho de 2015 e abril de 2016. Gil era o atual superintendente regional da pasta no Paraná. Ele assumiu o cargo em julho de 2016, indicado pelo Partido Progressista (PP), sigla dos deputados federais paranaenses Dilceu Sperafico, Nelson Meurer e Ricardo Barros – o último licenciado para o Ministério da Saúde. Marcelo Belinati (PP), hoje prefeito de Londrina, também exercia mandato na Câmara dos Deputados no ano passado.

“Tínhamos uns três nomes. O Gil foi o escolhido pela Casa Civil. Mas só indicamos. Ele sempre foi atencioso e preocupado com as questões da área”, disse Sperafico, em entrevista à Gazeta do Povo.

Gil foi indicado pelos pepistas a despeito de protestos de fiscais contra a nomeação. A rejeição ocorria porque Gil, na época, já era formalmente acusado pelo Ministério Público Federal em Paranaguá por corrupção passiva.

Em março de 2016, ele foi denunciado por receber propina para beneficiar duas empresas que eram alvos de fiscalização do Mapa, entre 2004 e 2008. Ele já se tornou réu, mas o processo corre em sigilo.

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Já Daniel teria sido uma indicação do ex-deputado federal pelo PMDB do Paraná Moacir Micheletto, morto em um acidente de carro no ano de 2012.

Durante as investigações, a Polícia Federal também flagrou uma conversa entre Daniel e o deputado federal pelo PMDB do Paraná Osmar Serraglio, hoje licenciado para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

No diálogo, Serraglio chama Daniel de “grande chefe”, mas a PF não identificou nenhuma irregularidade na conversa.

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