Segundo colocado na disputa, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral, disse que a vitória do candidato do governador revelou que a oposição perdeu a chance de se unir para equilibrar o jogo de forças políticas na campanha eleitoral deste ano. "Faltou sensibilidade dos partidos que pretendem lançar candidato a governador. Minha candidatura, além de reforçar a tese de que o cargo pertence à Assembléia, era uma tentativa de unir os adversários do governo", ponderou.
O deputado explicou que havia uma estratégia para empurrar a decisão para o segundo turno. O PPS votou fechado com a professora Dora e o PFL, o PSB e parte do PSDB fecharam com Durval. O problema, segundo ele, foi a bancada do PDT. "Dos cinco deputados, tivemos apenas o voto do Barbosa Neto. O PDT poderia ser o grande beneficiário de uma vitória da oposição porque trabalha com a pré-candidatura de Osmar Dias", argumentou.
O deputado Mário Sérgio Bradock (PMDB) preferiu criticar o próprio governo do qual faz parte. Disse que foi pressionado para desistir, o que considera normal, mas não vai aceitar retaliação de agora em diante.
Para o presidente estadual do PT, André Vargas, a Assembléia mostrou que é subordinada ao governador em vez de mostrar autonomia. O deputado também reprovou a distribuição de 119 ambulâncias pelo governo justamente no dia da eleição na Assembléia, o que pode ter reforçado a pressão sobre os deputados. "Num dia intenso de articulação, entregar ambulâncias não pega bem para a democracia", disse.
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