Ambientalistas e religiosos da região Oeste da Bahia estão se mobilizando em apoio ao bispo da Diocese de Barra, dom Luís Flávio Cappio, que faz greve de fome desde o início da semana em protesto contra o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Eles querem reverter a decisão do governo federal de colocar o projeto em prática. Na tarde de quinta, cerca de duas mil pessoas da comunidade fizeram uma caminhada pelas ruas centrais da cidade, entoando cânticos religiosos e orações. O evento contou com a participação de católicos, evangélicos, estudantes, políticos e comerciantes, que estão unidos pela mesma causa: impedir a transposição.
Também o governador Paulo Souto (PFL), crítico do projeto, se disse preocupado com dom Luís Flávio Cappio e temeroso quanto ao insucesso da iniciativa do religioso.
- Do jeito que o governo federal está disposto a tocar a obra, o único modo de evitá-la é o Congresso não colocá-la no Orçamento, o que acho difícil - opinou.
Souto disse ainda que chegou a conversar com o presidente Lula sobre a greve de fome de dom Cappio, mas que o presidente teria sido lacônico, respondendo apenas estar consciente do assunto.
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