O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deixou claro que o Brasil defende a aplicação imediata da Resolução 1.860 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza. A afirmação foi feita em entrevista coletiva em Jerusalém, horas após o chanceler se reunir com o premiê palestino, Salam Fayad, em Ramallah, Cisjordânia.
Em uma missão diplomática que busca aumentar o peso do Brasil em questões de política internacional para além da América Latina, Amorim afirmou que é necessário um cessar-fogo urgente para evitar que civis continuem morrendo nos bombardeios israelenses.
"Precisamos demonstrar solidariedade para com os palestinos (de Gaza), que são os que mais têm sofrido", afirmou, para acrescentar que isso é um consenso entre grande parte da comunidade internacional.
"Israel tem percebido a pressão internacional", afirmou o ministro. Segundo ele, até mesmo os Estados Unidos não vetaram a resolução na ONU, o que deixa claro um desconforto americano com as ações israelenses em Gaza. Na avaliação do chanceler, no longo prazo, Israel não pode viver em uma realidade hostil e, por esse motivo, deve lutar pela paz.
O encontro com Fayad ocorreu um dia após Amorim se reunir com o presidente sírio, Bashar Assad, em Damasco, e com a chanceler israelense, Tzipi Livni, em Jerusalém. Ele não se reuniu com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas, pois este viajou para Jordânia, próximo destino do chanceler brasileiro, antes de ir para o Egito.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura