A Andrade Gutierrez publica comunicado nesta segunda-feira, 26, nos jornais a respeito de notícias veiculadas na imprensa envolvendo o executivo Otavio Azevedo com o esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a empresa, desde o seu ingresso na Andrade Gutierrez o executivo atuou na área de telecomunicações e mais tarde assumiu a presidência do grupo de infraestrutura, do qual faz parte a construtora. "Dessa forma é importante esclarecer que o executivo não exerceu nem exerce atualmente cargo na Construtora Andrade Gutierrez", afirma.
A companhia destaca ainda que a relação entre Azevedo e Fernando Soares ou Fernando Baiano, como é conhecido, envolvido no escândalo da Petrobras, se deu exclusivamente na venda de uma lancha - bem que encontrava-se à venda e teve Fernando como interessado. A empresa afirma que a transação foi devidamente registrada nos órgãos competentes e seus valores recebidos e declarados à Receita Federal, assim como registrada a transferência na Capitania dos Portos apenas após a efetivação do pagamento integral da lancha.
"Antes mesmo que o assunto fosse divulgado pela imprensa e que Fernando Soares prestasse depoimento à PF, a informação sobre essa transação comercial tinha sido informada à Polícia Federal pelo próprio Otavio Azevedo", diz. Segundo a empresa, essa foi a única transação comercial realizada entre os dois não existindo mais nenhum "negócio em comum" como foi divulgado pela imprensa, com base no depoimento de Paulo Roberto Costa", afirma.
A empresa esclarece ainda que Fernando Soares manteve sim diversos contatos comerciais com a Construtora Andrade Gutierrez sempre representando grupos de infraestrutura internacionais, com a intenção de realizar projetos em conjunto. Segundo a companhia, esses contatos já foram confirmados pela empresa no passado. "No entanto, nenhum projeto chegou a ser devidamente efetivado, mas foram sim estudados por ambas as partes", afirma.
A companhia diz ainda que causa estranheza o teor e as circunstâncias das informações nas quais a Andrade Gutierrez e seus executivos têm aparecido nos depoimentos seletivamente vazados para a imprensa nos últimos meses e destaca que em todos os contextos nunca há uma acusação direta. A empresa destaca que são sempre declarações que iniciam com expressões do tipo "ouvi dizer"; "acredito que seja"; "alguém comentou"; "era sabido por outros".
"Diante desse cenário, repudiamos veementemente a tentativa de - apenas por meio de ilações - nos envolver nos fatos hoje investigados pela Operação Lava Jato. A insistência em nos envolver nos fatos em tais atos parece ser fruto de uma necessidade de nos incluir na lista do cartel, independente da existência de culpa e, menos ainda, de provas", afirma.
A empresa lembra que em depoimentos de Alberto Youssef e Fernando Soares, já vazados à imprensa, o primeiro deixa claro que não tratava de nenhuma assunto com a Andrade Gutierrez e seus executivos e o segundo declarou que manteve contato comercial com a empresa (fato já confirmado pela AG), mas que nunca intermediou pagamento de valores da AG para o referido esquema de favorecimento a partidos políticos.
Por último, a Andrade Gutierrez reitera que a empresa e seus executivos nunca participaram de nenhum esquema de favorecimento envolvendo partidos políticos e a Petrobras. "O contratos em que a Construtora AG figura como parte foram conseguidos com estrita observância das regras e legislação aplicável", diz no comunicado.
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