O grupo Andrade Gutierrez manifestou, por meio de comunicado publicado em jornais, sua “profunda indignação” com a “desnecessária e ilegal” prisão dos executivos Otávio Azevedo e Elton Negrão, e dos ex-executivos Paulo Dalmazzo e Antônio Pedro Campello Dias.
“O grupo reafirma que nunca participou de qualquer cartel e que não existem fundamentos objetivos ou provas concretas que justifiquem essas prisões”, informou a companhia.
Volvo de doleiro será leiloado na sexta-feira
Veículo é avaliado em R$ 130 mil e pertencia ao doleiro Carlos Habib Chater, dono do Posto da Torre, que deu origem às investigações da operação
A Justiça Federal do Paraná vai leiloar na sexta-feira (26) um veículo apreendido com o doleiro Carlos Habib Chater durante a deflagração da Operação Lava Jato. O Volvo XC60 está avaliado em R$ 130 mil e é o segundo bem apreendido na operação que vai a leilão. No primeiro, o veículo modelo Porsche Cayman, que pertencia à doleira Nelma Kodama, foi arrematado por R$ 206 mil. O objetivo do Ministério Público Federal é pedir a alienação antecipada de todos os bens apreendidos que estão sujeitos a depreciação durante o os processos, pois podem perder valor. Assim, caso o réu seja condenado, o dinheiro vai para os cofres públicos e, caso seja inocentado, o valor é ressarcido a ele. O leilão acontece na sexta-feira (26), às 14 horas na Rua Chanceler Lauro Muller, 35, no Parolin, em Curitiba. Os lances também podem ser pelo site nogarileiloes.com.br.
Sobre as investigações da Operação Lava Jato, a Andrade Gutierrez esclareceu que desde o início vem colaborando com a Justiça e que “não há nada contra Otávio Azevedo e Elton Negrão”. A empresa esclarece, inclusive, que Azevedo jamais exerceu a função de presidente da construtora, ao contrário do que consta na decisão judicial.
A Andrade Gutierrez diz que os nomes de Azevedo e Negrão não foram mencionados nos depoimentos dos delatores e que a venda da lancha feita por Azevedo a Fernando Soares foi uma transação comercial, registrada nos órgãos competentes, e já havia sido informada à Polícia Federal. Sobre Elton Negrão, o grupo ressalta que não foram encontradas provas sobre irregularidade no contrato de prestação de serviço com a empresa Riomarine, em 2008.
“Causa espanto o argumento de que as prisões foram decretadas para garantir a ordem pública e evitar a repetição de atos ilícitos, uma vez que as empresas investigadas continuam prestando serviços para a administração pública”, pontuou a Andrade Gutierrez.
A empresa destacou ainda que a prisão dos ex-executivos Paulo Dalmazzo e Antônio Pedro Campello Dias seguiu o mesmo padrão de falta de provas e “considera inadmissíveis as prisões com base em presunções genéricas e depoimentos inverídicos”. A Andrade Gutierrez afirma ainda que está prestando todo o apoio aos executivos, ex-executivos e suas famílias.
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