O presidente Michel Temer bateu o martelo neste sábado (4) pela nomeação do deputado André Moura (PSC-SE), aliado do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como novo líder do governo no Congresso. O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), foi convencido a deixar a liderança do governo no Congresso para dar o espaço a Moura e passará a ser líder do governo no Senado. A decisão foi tomada após reunião, neste sábado, entre Temer, Jucá, Moura e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, no Palácio do Planalto. O anúncio pode ser feito ainda neste fim de semana.
Além da proximidade com Cunha, Moura também está envolvido em investigações da Lava Jato, assim como o peemedebista e o próprio Jucá. Ele é suspeito ainda de tentativa de homicídio e tem uma condenação por improbidade administrativa.
A composição na liderança do governo foi pensada para amarrar o máximo possível de apoio de deputados e senadores no Congresso para facilitar a aprovação da reforma da Previdência no calendário desejado pelo governo, até a metade deste ano. Quando André Moura perdeu o cargo de líder do governo na Câmara, na semana passada, o grupo político do qual faz parte, o centrão, chegou a ensaiar uma rebelião e sinalizar com uma postura de independência em relação ao governo. A nomeação de Moura como líder do governo no Congresso deve ajudar a reverter este quadro.
Além de se tornar líder do governo no Senado, Jucá assumirá o posto de primeiro vice-líder do governo no Congresso. Desta forma, poderá continuar trabalhando em questões relativas à tramitação de Medidas Provisórias (Mps) e Orçamento.
Na sexta-feira (3), depois de avisar ao presidente que não pretendia mudar de posição no Senado, Jucá acabou cedendo a vaga para que o Palácio do Planalto faça a acomodação dos aliados com o objetivo de melhorar a sintonia para aprovar as reformas.
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