Randolfe Rodrigues, senador (PSol)| Foto: Moreira Mariz/ Agência Senado

O Senado deu ontem o primeiro passo para aprovar mudanças na Lei de Anistia, que livrou de julgamento quem praticou crimes políticos durante a ditadura militar (1964-1985). A revisão foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos da Casa e, para entrar em vigor, ainda precisa passar por outras duas comissões e pela Câmara. O projeto exclui da anistia os crimes de tortura, sequestro e homicídio cometidos por agentes públicos, militares ou civis, contra opositores do governo. Ao defender a mudança na lei, o senador Randolfe Rodrigues (PSol, foto) disse que a anistia foi imposta pela ditadura. "Não pode haver ódio, mas não pode haver perdão", afirmou. O Palácio do Planalto, no entanto, já sinalizou que não pretende movimentar seus aliados para revisar a anistia. No último dia 31, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "reconhece" e "valoriza os pactos políticos que nos levaram à redemocratização". Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a lei não estava em desacordo com a Constituição.

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O número

29% dos brasileiros consideram corrupção o principal problema mundial, segundo pesquisa feita pelo Ibope em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). Foram ouvidas 66 mil pessoas em 65 países. Nas Filipinas, o índice chegou a 50%. A preocupação com a corrupção foi apontada por 26% dos entrevistados em todo o mundo.

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Penúria

A assessoria de imprensa do IBGE confirmou ontem que o corte orçamentário de 50% no Ministério do Planejamento suprimiu uma verba de cerca de R$ 200 milhões que seria usada pelo órgão em trabalhos preparatórios para a Contagem Populacional, prevista para este ano. Assim, a pesquisa foi adiada para 2016. O órgão não confirmou o adiamento da Pesquisa de Orçamentos Familiares, que também seria impactada pelo corte na verba. Além do corte no orçamento, o IBGE vem sofrendo os efeitos das aposentadorias de servidores e, por isso, tem recorrido aos trabalhadores temporários.

Às pressas

Pré-candidato à Presidência da República, o senador Magno Malta (PR-ES) foi o centro das atenções ontem na Assembleia Legislativa do Paraná. De passagem por Curitiba, o parlamentar foi o único a utilizar a tribuna do plenário num longo discurso, em que comentou as áreas em que atua no Senado. Encerrada a fala do capixaba, os deputados logo partiram para a ordem do dia e encerraram a sessão em menos de uma hora. Imagina na Copa. Imagina na campanha eleitoral.

Acumulou

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O secretário de Governo do Paraná, Cezar Silvestri, assumiu o comando da Casa Civil até que seja feita a fusão das duas pastas. A Casa Civil era ocupada por Reinhold Stephanes, que deixou o governo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.

Tratoraço

A transformação do plenário da Assembleia Legislativa do Paraná em Comissão Geral, o chamado "tratoraço", pode ser proibida em 2015. A comissão especial que analisa o Regimento Interno da Casa propôs acabar com o artifício em que os pareceres das comissões podem ser apresentados no plenário e várias votações podem acontecer em um mesmo dia. A manobra só existe no Paraná e tem sido usada para aprovar projetos de interesse do governo do estado.

Pinga-fogo

"Hoje, se disser que sou de esquerda, as pessoas não vão acreditar. Embora seja verdade. É verdade!"

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Fernando Henrique Cardoso, tentando afastar a fama de liberal, em debate com o ex-ministro Sergio Paulo Rouanet, no Museu de Arte do Rio.

Colaboraram: Chico Marés, Euclides Lucas Garcia, Katna Baran e Amanda audi.