A Associação Nacional de Jornais (ANJ) apresentou ontem o Programa Permanente de Autorregulamentação, um documento com sugestões aos veículos para garantir a relação transparente com os leitores. Discutido ao longo dos últimos meses por integrantes da entidade, o novo instrumento sugere, por exemplo, práticas como a publicação de cartas de leitores, reconhecimento de erros e a criação de conselhos editoriais grupos que ajudam, em linhas gerais, a orientar a linha editorial do veículo.
"As ações serão adotadas de forma descentralizada, a critério de cada associado. Muitos dos veículos já mantêm várias das medidas relacionadas no programa", afirmou a presidente da ANJ, Judith Brito.
A autorregulamentação começou a ser discutida ano passado, durante o Congresso Brasileiro de Jornais, realizado em agosto, numa espécie de reação à proposta ensaiada no governo Lula de criação de um conselho para fiscalizar o jornalismo. Ele surge também meses depois de iniciativas como a do senador Roberto Requião (PMDB-PR), de apresentar um projeto regulamentando o direito de resposta.
Para Judith, o Programa Permanente é uma mostra do compromisso dos jornais com a prática diária da liberdade. "Essa é mais uma demonstração de que não vamos aceitar nenhum tipo de interferência externa, de censura. Reforçamos com isso a independência do jornal."
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