O secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, disse nesta quinta-feira que as famílias assentadas antes do início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva viviam de cesta básica. Segundo ele, as condições dos assentamentos melhoraram.
- Cerca de 80% das famílias da reforma agrária dos governos anteriores viviam de cesta básica, não produziam nada, não plantavam nada, como se diz em Minas, nem um pé-de-couve - disse o ministro em entrevista concedida às emissoras de rádio da Radiobrás.
Segundo o ministro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se preocupou em melhorar a qualidade dos assentamentos, o que acabou atrasando o processo de reforma agrária em 2003.
- O presidente Lula falou no início do governo: antes de assentar novas famílias, vamos melhorar a qualidade dos assentamentos já existentes.
De acordo com o ministro, as melhorias nos assentamentos foram possíveis por meio de um plano inédito de valorização da agricultura familiar brasileira.
- O máximo que tinha sido concedido de crédito, de financiamento para a agricultura familiar brasileira, no período anterior, eram R$ 2,3 bilhões. O presidente Lula já aumentou em 2003 e em 2004. Hoje temos R$ 9 bilhões, quer dizer, mais do que triplicou o volume de investimentos destinados à agricultura familiar - disse na entrevista.
Segundo Dulci, atualmente, 70% das famílias assentadas pela reforma agrária estão assistidas tecnicamente. Segundo ele, esse índice era de 10%.
- Acredito que vamos chegar ao final de 2006 recuperando o tempo perdido em 2003, cumprindo rigorosamente a meta de assentar 400 mil novas famílias. Agora, assentando com qualidade - concluiu.
Dulci disse ainda que, no Brasil, reforma agrária dever ser encarada como política econômica do país.
- É preciso dar sentido econômico às propriedades para que as famílias possam produzir, vender e viver de sua propriedade - afirmou Dulci.
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