DEM: mensagem de Dilma é sucessão de obviedades
O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), classificou nesta segunda-feira a mensagem da presidente Dilma Rousseff de abertura do ano legislativo como uma "sucessão de obviedades". Na mensagem, Dilma afirmou que o Brasil mantém o compromisso de controlar a inflação, a estabilidade econômica e a criação de empregos.
"Eu acho que ela deveria ter ouvido na mensagem que apresentou a grande voz das ruas e ter acenado com contenção efetiva de despesas, de gastos públicos", criticou o presidente do DEM. Segundo Agripino, não houve nenhum fato novo apresentado pelo governo no sentido de melhorar o superávit primário, de diminuição do gasto público "de má qualidade" ou de contenção da inflação. "Isso, sim, é ouvir a voz das ruas", disse.
Na mensagem presidencial ao Legislativo deste ano, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil "mantém a estabilidade, o crescimento do emprego e a redução da desigualdade", mesmo com um cenário internacional classificado por ela como de "grandes incertezas e desafios". "Manteremos a gestão das contas públicos compatível com a continuidade da política de responsabilidade fiscal", destaca a mensagem, lida na tarde desta segunda-feira (3) pelo senador João Vicente de Macêdo Claudino (PTB-PI) e que foi encaminhada ao Congresso pelo recém-empossado ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. De acordo com a mensagem, contribuirá para essa política o pacto firmado ao final do ano passado com as lideranças do Congresso, que prevê a não aprovação de matérias que tragam mais despesas para as contas públicas.
A presidente destacou também que houve redução nas despesas com pessoal entre 2012 e 2013, de 4,7% para 4,2% do PIB. Disse que esse esforço não seria possível sem a parceria com o Congresso Nacional e pontuou que existe "inegociável" compromisso com o controle da inflação. "Pelo décimo ano a inflação ficou dentro das bandas da meta", disse.
Dilma reafirmou ainda a determinação do governo para a convergência da inflação para o centro da meta. Ela também disse que a taxa de câmbio "manteve-se num patamar adequado" e destacou que o Brasil tem US$ 376 bilhões em reservas, "o que nos dão a segurança para superarmos a instabilidade". "O Brasil é e continuará sendo um dos mercados mais atraentes para o investidor externo", disse, destacando que em 2013 a entrada de Investimento Estrangeiro Direto atingiu US$ 64 bilhões. "As novas concessões em 2014 e os investimentos estruturantes são oportunidades extraordinárias que o Brasil oferece", concluiu.
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