O deputado federal pelo Paraná Osmar Serraglio (PMDB) tomou posse como ministro da Justiça e da Segurança Pública por volta das 16 horas desta terça-feira (7), no Palácio do Planalto. Na mesma cerimônia, que contou com a presença maciça de parlamentares, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), também deu posse ao novo ministro das Relações Exteriores, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Apenas Temer discursou na solenidade, que durou menos de 30 minutos.
A tônica do discurso foi a relação entre Executivo e Legislativo, já que, seguindo critério adotado desde o início de sua gestão, o presidente Temer tem priorizado as indicações das bancadas partidárias, na tentativa de manter uma base sólida no Congresso Nacional.
“Tenho a impressão que a posse de vocês se transformou em uma festa cívica do Parlamento nacional”, iniciou o presidente Temer, acrescentando que a “integração extraordinária entre o Executivo e o Legislativo” significaria o que ele chama de “presidencialismo democrático”.
“As pessoas falam que é um semiparlamentarismo. Nada contra o semiparlamentarismo. Mas o que fazemos é um presidencialismo democrático. Quem governa é o Executivo ao lado do Legislativo. Todas as conquistas que tivemos deveu-se a essa integração”, reforçou o peemedebista, ao criticar o “presidencialismo que centraliza”, “típico da cultura política brasileira”, segundo ele.
Em relação a Serraglio, o presidente Temer iniciou lembrando que o conhecia “há muito tempo”, desde as aulas de Direito em São Paulo. “Foi meu colega da PUC e até tive a honra de dar aulas no mestrado a ele. Ele tem uma trajetória que o habilita para a função”, disse o peemedebista.
Em seguida, reforçou que se trata de um grande desafio, em especial por causa da crise da segurança pública, que, destacou o presidente Temer, “em princípio não seria nossa área”. Segundo ele, o governo federal entrou na questão da segurança pública para garantir “a lei e a ordem”, e também por “ousadia”. “Vai enfrentar desafios? Não tem dúvida. Será um trabalho pesadíssimo. Não haverá sábado, domingo. Não quero assustar a família, mas é isso que acontece”, disse o presidente Temer.
Serraglio chega ao posto de ministro de Estado na esteira da pressão feita pelo PMDB por mais espaço na Esplanada dos Ministérios. No primeiro desenho do presidente Temer, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública pertencia a um tucano, Alexandre de Moraes, obrigado a se desfiliar para integrar o STF.
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