Logo após assinatura da transmissão de cargo dos ministros de Estado, a pré-candidata à presidência da República e ex-ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, enalteceu a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve início em 2003. "O governo do senhor é um momento importante, de ápice, de vitória", afirmou. "Talvez o mais longo momento de vitória de todos esses que lutaram experimentaram em sua vida." Ela citou as lutas contra a ditadura e por redemocratização, direitos, igualdade, justiça e liberdade. "A geração que me sucedeu conseguiu realizar seus sonhos."

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Ainda falando diretamente a Lula, Dilma disse que ao seu lado os ministros que deixam o cargo participaram de um processo de mudança profunda e importante. "Tivemos o líder mais popular e talvez o mais brasileiro de todos os líderes." Dilma começou seu discurso citando nominalmente, um a um, os ministros que tomaram posse hoje e também enumerou os que permanecerão em seus cargos. "Tenho certeza de que todos eles vão cumprir a missão pela frente tão bem ou melhor do que fizemos", afirmou.

Com a voz embargada, Dilma disse que fez esforço para falar de improviso. "Mas se eu falar de improviso vão acontecer duas coisas: uma é eu esquecer alguma coisa importante e a outra é chorar. Pode ser que eu esqueça e chore do mesmo jeito, mas tenho um roteiro para me segurar."

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Dilma disse ainda que este momento de transmissão de cargo pode ser comparado ao que alguns poetas descrevem como "uma espécie de alegria melancólica ou triste". "Alegria porque saímos de um governo dos que mais fizeram pelo País e de tristeza porque abandonamos um trabalho de sete anos e meio", afirmou. "Essa estranha alegria triste inebria a alma da gente, pois o senhor (Lula) nos deu o privilégio de participar de um dos momentos mais decisivos da história do nosso País."

"Viúvos do Brasil que crescia pouco"

A ex-ministra e pré-candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, criticou nesta quarta-feira (31) aqueles que ela classificou como "os viúvos do Brasil que crescia pouco". Segundo ela, essas pessoas fingem ignorar que as mudanças no Brasil são substanciais.

"Elas têm medo. Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados", disse a ministra, que participa de evento de transmissão de cargos dos ministros que disputarão as eleições no fim do ano.

Dilma acrescentou que, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o povo não é coadjuvante. "É o centro das nossas atenções."

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