Foi com a política da "boa vizinhança" que a senadora Marina Silva se lançou oficialmente como pré-candidata pelo Partido Verde (PV) à Presidência da República neste domingo (16), em uma casa de show em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Marina disse que tem "respeito e até carinho" por Dilma Rousseff, pré-candidata do PT á Presidência, e por José Serra, pré-candidato do PSDB.
A senadora do PV defendeu ainda uma campanha mais limpa e sem troca de acusações. "Não quero embate com Dilma, não quero embate com Serra", disse ela. "Não estou fazendo o jogo de ninguém, estou fazendo o jogo do Brasil", discursou.
Depois de anunciar que terá o empresário, Guilherme Leal, da Natura, como vice em sua chapa, ela elogiou, em seu discurso, o programa Bolsa Família, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o Plano Real, lançado no governo Itamar Franco por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda.
"Não falo isso para ganhar voto, falo por uma questão de justiça", declarou a candidata do PV, que disse em seguida que é preciso respeitar os adversários.
"Quero fazer uma campanha onde esses valores estejam presentes. Para fazer isso é preciso que aconteça uma mudança muito grande na política. Esse é um grande desafio", completou.
Marina critica saída de Ciro da disputa eleitoral
A pré-candidata criticou o fato de Ciro Gomes não estar mais na disputa das eleições de 2010. "Barraram a campanha do Ciro", disse. Para ela, o episódio representou falta de democracia. "Diminuir as possibilidades de escolhas no primeiro turno é uma incoerência com a democracia. Acho que foi uma perda".
Ela encerrou o discurso fazendo referência à sua forma física, que já foi alvo de críticas por ser frágil: "No alto dos meus 51 quilos, estou mais do que nunca forte e com coragem para lutar pelo Brasil".
Entre os participantes da mesa estavam o pré-candidato ao governo do Rio pelo partido, Fernando Gabeira, a cantora Adriana Calcanhotto, o cantor e ex-ministro Gilberto Gil e o poeta amazonense Thiago Melo. Gil cantou a música "Andar com fé", ao lado do sambista Paulinho da Mocidade, que tocou o jingle da campanha.
Dilma x Marina
O ex-ministro, que trabalhou ao lado tanto de Dilma quanto de Marina na época em que estava no governo Lula, justificou sua preferência. "A adesão ao projeto de Marina vem primeiro do meu processo partidário, sou PV, não sou PT", afirmou. Mas em seguida ele elogiou a ex-ministra de Minas e Energia. "Sou muito amigo de Dilma, tenho por ela muito apreço e admiração".
Marina disse que o desenvolvimento sustentável continuará sendo a prioridade em sua plataforma de governo. Ela ainda citou a educação e a inclusão social como prioridades.
Durante a entrevista coletiva, porém, a pré-candidata citou o que a diferencia dos dois adversários mais fortes da eleição, Dilma e Serra. "As duas candidaturas são muito parecidas. O Brasil ainda está fazendo o discurso do século 20", disse. Segundo Marina, as alianças do PV serão com "núcleos vivos da sociedade". Como exemplo, ela citou o presidente da Natura e as ONGs do país.
Guilherme Leal afirmou que na próxima semana pedirá aos conselheiros da Natura o seu afastamento da empresa.
Donald Trump desbanca Kamala Harris e é eleito presidente dos EUA
O segundo mandato de Trump e o acerto de contas com a diplomacia lulopetista
Bolsonaro comemora vitória de Trump e diz esperar que o Brasil siga o mesmo caminho
Mercado aposta em alta mais forte dos juros; o que influencia a decisão do BC
Deixe sua opinião