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Michel Temer será reconduzido à presidência do PMDB. | Fotos: Romério Cunha/ VPR/Fotos Públicas
Michel Temer será reconduzido à presidência do PMDB.| Foto: Fotos: Romério Cunha/ VPR/Fotos Públicas

Há 15 anos presidente do PMDB, Michel Temer será reconduzido neste sábado (12) ao cargo, por mais dois anos, por aclamação dos peemedebistas, numa demonstração de força e unidade em torno do afastamento do governo Dilma Rousseff. Sem poder romper formalmente, já que Temer é vice-presidente eleito na chapa presidencial, o partido sinalizará descontentamento com a petista e garantirá aos deputados e senadores independência em relação ao Planalto nas votações no Congresso, inclusive, no processo de impeachment.

A maioria dos peemedebistas não acredita numa reação de Dilma e acha que sua gestão está com os dias contados.

Na cúpula partidária, a opinião do presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, que deu três meses de sobrevida ao governo, e a posição do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que ensaiou dificultar a recondução de Temer, mas acabou recompondo, apontam para uma convergência: a hora é de todos se unirem e esperaram o que vai acontecer com a presidente. Renan, considerado por Dilma um importante aliado, é um dos peemedebistas que está escrevendo o documento que será aprovado na convenção partidária e que dirá que o PMDB tem compromisso com o país, e não com o governo.

A convenção ocorrerá durante todo o dia de hoje debaixo de críticas a Dilma, que não foi convidada, segundo um cacique do PMDB, “para não ser vaiada”. Serão apresentadas moções defendendo o rompimento com o Planalto por integrantes do partido na Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Os peemedebistas deverão juntá-las e aprovar um documento único, dando ao diretório nacional um prazo de 30 dias para aprovar o rompimento. A estratégia é esperar o avanço do impeachment.

A nova executiva nacional terá como vice-presidente o senador Romero Jucá (RR), que foi líder de Dilma antes de virar oposicionista. Sondado sistematicamente pelo PT e pelo Planalto a retomar o posto, disse que estão lhe oferecendo um “camarote no Titanic”. “Prefiro ficar em terra firme”, brinca. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), perderá a vaga de titular do Diretório. Os peemedebistas do Rio não vão reconduzi-lo.

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