A senadora Marta Suplicy afirmou, ao se filiar ao PMDB neste sábado, que o partido quer “livrar o Brasil da corrupção e da mentira” e apontou o vice-presidente Michel Temer como aquele que “vai reunificar o país”. Marta esperou Temer, que está no exercício da presidência, chegasse ao Teatro Tuca, em São Paulo, para iniciar a cerimônia, que teve a participação em peso da cúpula do partido - os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, também compareceram.
“A gente quer um Brasil livre da corrupção e das mentiras. Livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais. Afinal eu estou no PMDB do doutor Ulysses, que redemocratizou o país, e do Michel, que vai reunificar o país”, discursou Marta.
Com Marta, PMDB sinaliza reunificação, diz Moreira Franco
O ex-ministro Moreira Franco afirmou que a filiação de Marta Suplicy ao PMDB sinaliza ao Brasil que a legenda vai reunificar o País
Leia a matéria completaTemer fez um discurso ponderado, evitando falar de candidaturas e rompimentos. Ele garantiu que o PMDB, conhecido como um partido de pouca unidade, encontrará a “convergência” em favor do país. “O PMDB é um partido de divergências quase permanentes que fazem a sua grandeza. Mas há um momento em que o PMDB converge. É quando se trata do Brasil e do interesse público. Nesse momento há uma convergência absoluta do PMDB”, disse Temer.
Lideranças do PMDB defenderam que o partido priorize candidaturas próprias para a eleição municipal de 2016 e para 2018. O mais enfático foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que pediu ainda que a sigla use o exemplo dado por Marta e “largue o PT”.
Cunha afirmou que a presença de Marta pode ajudar a consolidar o PMDB em São Paulo “Que nós tenhamos a possibilidade de disputar e propor aquilo que entendemos melhor para o Brasil. Seja bem-vinda ao PMDB. Que a sua presença possa consolidar o PMDB em São Paulo e no país e que o PMDB siga seu exemplo. Vamos largar o PT”, afirmou Cunha.
O ex-candidato ao governo de São Paulo Paulo Skaf também pregou uma participação maior do partido na próxima disputa eleitoral. “Vamos ter uma pauta para o próximo ano para que a gente eleja o maior número de prefeitos, vereadores das cidades de São Paulo e do Brasil.”
Houve um cuidado por parte da lideranças peemedebistas de não transformar o ato num lançamento antecipado de uma candidatura de Marta à prefeitura de São Paulo. Mas a organização da festa entoou palavras de ordem que sugerem Marta para a eleição em São Paulo e Temer para a Presidência.
“1, 2, 3, 4, 5, mil, Marta e Michel em São Paulo e no Brasil”, cantaram animadores do evento.
Num ato em defesa do PT promovido por partidos aliados e centrais sindicais neste sábado em São Paulo, o vereador Paulo Fiorilo, presidente municipal do PT, ao comentar a filiação da senador Marta Suplicy ao PMDB, disse que “o PT é muito mais do que ela”. Marta é pré-candidata à Prefeitura de São Paulo e deve ser um dos principais adversários do prefeito Fernando Haddad (PT).
“A Marta fez uma escolha dela. O PT é muito mais do que ela, tem uma história de 35 anos de lutas e nós reelegeremos o prefeito Fernando Haddad”, disse Fiorilo.
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