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"O Cristo é lindo, a vista é maravilhosa, tudo é lindo". Os turistas pernambucanos Ivanaldo Carvalho e Marion Gomes estão deslumbrados no alto do Corcovado. Essa é uma reação muito comum por quem visita o cartão-postal.

A estátua do Cristo é conhecida em todo o mundo e se tornou o grande símbolo do Brasil no exterior. Para quem vive ou vem sempre ao Rio, é ponto de referência na Zona Sul, em parte da Zona Norte e até em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara.

Margareth Pinheiro, que levou os amigos Ivanaldo e Marion para passear, acha que a prefeitura deveria cuidar melhor da área. Para ela, a passagem do trem é cara - R$ 36,00 por pessoa - e a estrutura está precisando de uma faxina, as grades estão enferrujadas.

A celebração dos 75 anos do monumento não é uma festa só dos católicos. Inaugurada em 12 de outubro de 1931, dia de Nossa Senhora de Aparecida, a padroeira do Brasil, a estátua vai ganhar importância religiosa. Há dois meses, a Arquidiocese do Rio reabriu a capela que fica na base da estátua. Toda primeira sexta-feira do mês, é feita ali a oração do Angelus - na tradição religiosa, a oração celebra o momento em que o anjo Gabriel vai dizer a Maria que ela será mãe de Jesus.

Mensagem do Papa

A Igreja quer reforçar o caráter religioso do monumento. O Cristo agora é um santuário e o aniversário, nesta quinta-feira (12), vai ser comemorado neste clima, com missa e benção nas obras da Capela Nossa Senhora Aparecida, que será restaurada.

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem em que parabeniza os católicos que aqui vivem pelo aniversário do Cristo Redentor e fala da importância do monumento.

"Em síntese, ele (o Papa) diz que se une às nossas celebrações, depois ele diz que o Cristo não está apenas para ser um monumento, mas ele é a força da luz, não só externa, mas a força interna de nossos corações e nossas mentes", contou Dom Eusébio Oscar Scheid, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro.

A grande novidade é que, a partir deste dia 12 de outubro, o Cristo Redentor será considerado o mais novo santuário do Brasil. Na prática, isso significa que o local deverá ser usado para atos religiosos como casamentos e batizados.

Origem controversa

A geografia do Rio de Janeiro foi alterada para sempre com a inauguração da estátua, de 38 metros de altura, criada pelo arquiteto cafioca Heitor da Silva Costa.

A imagem do Cristo, no alto da montanha, aparece como ícone em caixinhas talhadas em madeira dos anos 30 e 40, em fotos, na criação de estilistas e em todo tipo de suvenir, muitos deles de gosto duvidoso.

Diferentes versões cercam a construção da estátua de 1145 toneladas. Há quem diga, por exemplo, que foi um presente francês. O único francês envolvido na construção era, de fato, um polonês naturalizado, o escultor a quem o brasileiro Heitor encomendou o serviço.

Controvérsias à parte, obrigatório mesmo para os locais é subir, pelo menos uma vez na vida, os 710 metros do Morro do Corcovado a pé, de bicicleta, de carro ou de trenzinho pela Estrada de Ferro Corcovado, inaugurada pelo Imperador Pedro II, em 1884. É imperdível, uma visão única de uma cidade especial.

Leia mais: G1

Confira a reportagem em vídeo do RJTV

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