O ex-deputado Eduardo Cunha chegou à sede da Polícia Federal de Curitiba às 17h15 desta quarta-feira (19). Ele está preso preventivamente após decisão do juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato – a prisão foi realizada em Brasília no início da tarde.
VÍDEO: Assista à chegada de Eduardo Cunha à sede da Polícia Federal em Curitiba
Cunha viajou de Brasília à capital paranaense em um avião da PF e foi levado à sede da Superintendência no Santa Cândida. Lá, vários manifestantes xingavam e gritavam em direção ao carro em que o ex-deputado era levado.
Entre os gritos de quem protestava, um que pedia que Cunha assinasse um acordo de colaboração premiada. “Fala, Cunha; Fala Cunha”, diziam os manifestantes, que entoaram o hino nacional brasileiro.
Além das palavras voltadas para o ex-deputado, o juiz federal Sergio Moro, que decretou a prisão, foi lembrado aos gritos de “Moro, Moro, Moro”. A própria PF também foi exaltada: “Polícia Federal, orgulho nacional”.
O advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, disse que o ex-deputado está “sereno” e que em momento algum cogitou fugir. Segundo ele, Cunha foi detido em seu apartamento funcional, em Brasília, enquanto preparava sua mudança, já que ele deve desocupar o imóvel até o fim da semana. O advogado relatou que Cunha já sabia da prisão desde a manhã desta quarta-feira (19), porque antes de localizá-lo em Brasília, a Polícia Federal esteve em sua casa no Rio de Janeiro para prendê-lo.
Cerca de 15 manifestantes foram à sede da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, acompanhar a chegada de Eduardo Cunha. O ex-deputado, entretanto, entrou pelo portão dos fundos da PF e não enfrentou hostilidades.
A executiva Conceição Barindelli, que faz parte de diversos grupos que apoiam a Operação Lava Jato, foi à frente da sede da Polícia Federal para pressionar Cunha a fazer um acordo de colaboração premiada. Ela acredita que a prisão do ex-deputado pode levar a novas descobertas de casos de corrupção. “Nós acreditamos, e estamos aqui para forçá-lo, que ele tem que falar. Doa a quem doer, ao partido que doer”, disse.
Acusação
De acordo com despacho de Moro, Eduardo Cunha representava risco à instrução no processo, à ordem pública e também porque havia possibilidade de ele fugir do país. Ele é acusado de ter recebido ao menos US$ 1,5 milhão ilicitamente por meio de contratos da Petrobras no Benin, país da África.
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