Sérgio Souza é suplente de Gleisi Hoffmann no Senado| Foto: Wenderson Araújo/ Gazeta do Povo

Você sabe quem é Sérgio Souza? Essa pergunta sobre o senador pelo Paraná desde 2011 foi feita pelo Paraná Pesquisas e 97% dos entrevistados em todo o Paraná não soube dizer de quem se tratava. Apenas 2% acertaram seu cargo – 1% citou o cargo errado. O peemedebista entrou na chapa da petista Gleisi Hoffmann como seu suplente, indicado pelo ex- governador Orlando Pessuti. Souza pode ser um dos três representantes do Paraná no parlamento até 2018, caso a ministra-chefe da Casa Civil seja eleita governadora ou siga ministra até lá.

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Souza atuava apenas nos bastidores da política antes de chegar ao Senado. Sua indicação foi fruto de uma composição política, na qual Pessuti abriu mão de disputar a reeleição para o governo do Paraná para apoiar o então senador Osmar Dias (PDT). Para isso, indicou o primeiro suplente de Gleisi.

O momento de Souza ocorreu em junho de 2011. O então ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci (PT), foi demitido após denúncias de enriquecimento ilícito. Gleisi foi escolhida pela presidente Dilma para assumir a importante pasta e com isso, Souza, que nunca disputou diretamente uma eleição, assumiu um dos três cargos majoritários que representam o Paraná no Senado.

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Em um ano e meio de Senado, ele formalizou 67 propostas, entre elas 20 projetos de lei e cinco projetos de emenda à Constituição. Participou, também, da Comissão Mista de Orçamento.

Procedimento

O cientista político Emerson Cervi avalia que o caso é emblemático para mostrar uma falha do sistema de eleições para senador da República. "Mostra o absurdo que é a função de suplente de senador. Um completo desconhecido agora ocupa um dos cargos mais importantes do estado", afirma. O caso de Souza não é incomum: 23 senadores que exercem mandato atualmente são suplentes, que não receberam diretamente nenhum voto nas eleições de 2006 ou 2010.